FERNANDO AZEVEDO
Deixando a Bélgica maravilhado com tudo que vi seguimos para
Holanda onde estamos agora em Amsterdam. Bela estrada, e ai está a diferença
para o trem. As ferrovias não tem a beleza das rodovias e o movimento nos deixa
mais atento a tudo. Nenhum buraco, nenhum pneu queimado, nenhuma via
interrompida o que nos faz compreender que esses atos não são possíveis num
mundo civilizado. Incendiar um ônibus, destruir um metrô é inconcebível. Em
Bruges que é uma cidade linda um grupo de jovens circulava bebendo cerveja
(eram italianos) e gritando palavras de ordem e com pouco tempo já estavam em
cana. Não me parece que advogados de porta de cadeia tenham os socorrido. Saímos
de lá encantados e cansados. Acontece que o estacionamento de ônibus de turismo
fica a cerca de 2 km da cidade histórica. O percurso é lento, pois a guia vai
explicando a historia, apontando monumentos.
Passamos uma 5 horas livres tempo suficiente para almoço etc. e as compras.
Em Bruges as rendas são a referência do comércio. Bruges é também de onde venho
numa fração do meu genoma, pois na família materna Borges Rodrigues, o Borges é
uma corruptela do Bruges. O voltar mais 2 km com um gripo de pessoas idosas não
deixa de ser cansativo. Existem hotéis no centro, mas não para excursões.
Também devem ser muito caros. Amanhecemos em Bruges com 10graus e neblina, mas
logo em seguida um sol gostoso apareceu e me livrou da espirradeira. Seguimos
então para Roterdam cidade destruída na Segunda Guerra só restando pouca coisa
do que gosto de ver. Edifícios não me seduzem. Mas é uma grande cidade,
imponente mesmo. Depois mais um pequeno trecho, uma inesperada Delft, cidade
linda, uma pequena Amsterdam que conhecerei em seguida e onde já estou. Ali
tudo como foi feito, aliado a canais e um verde intenso. Um talharim ao pesto
me deu a energia para com mais um pouco estar em Haia, capital da Holanda, onde
mora o Rei e onde está o Parlamento holandês e o Tribunal Internacional de
Haia, também com muita coisa linda para apreciar, mas o tempo é curto em torno
de 3 horas de permanência. De Haia para Amsterdam.
Amsterdam.
Voltando agora às 20 horas de um dia super agradável. Na
Holanda chove 200 dias por ano, mas ela sabia que eu vinha e um clima
agradabilíssimo nos esperava. Uma cidade com um rio e 100 canais com obras de
engenharia hidrica grandiosas fazem os holandeses dizerem que “Deus criou o
mundo, mas a Holanda os holandeses a fizeram. Cidades bem próximas como Marken
e Voledam mostram essas transformações. Antigas vilas de pescadores
submeteram-se a uma metamorfose estrutural e social e são lindas, com lagos,
milhares de patinhos nadando e uma população onde chama atenção a vitalidade
dos “velhinhos” Voltamos no fim da tarde a Amsterdam e fizemos o obrigatório e
imperdível passeio pelos seus canais onde se pode apreciar a cidade de outra
forma. Lindas casas acima e também casas barco, fazem nos lembrar do quanto o
nosso lindo Recife poderia ser explorado pelas águas, mas só promessas e
promessas. O perigo em Amsterdam é o atropelamento por bicicletas. A faixa é delas e qualquer acidente você é o culpado. Só que são
tantas e tantas que a qualquer descuido um hospital te espera. Além das
estacionadas nas ruas há um estacionamento publico de 4 andares para 2.500
magrelas. Na Holanda as crianças começam a andar de bicicleta aos 5 anos e até
que a morte as separe do dono. Roubam-se
também muitas e chega-se a comprar 4
bicicletas por ano. No nosso ônibus com brasileiros, argentinos ,
colombianos, chilenos , portugueses somente 4 tinham bicicleta e nenhum andava
mais de duas vezes por semana. Essa é a diferença entre uma cidade de enormes
calçadas, de ciclofaixas por onde se anda com prazer e conforto eque também tem
transporte público de primeiríssima. O governo toma 50% do que se ganha mas
devolve em benefícios. Ah, ia esquecendo, para ter um cachorro você paga uma
taxa de 180 euros por ano pois ele é um
usuário da cidade. Dois cachorros 300 euros. Eu que tinha permanentemente 5...
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