segunda-feira, 26 de novembro de 2012

OLHA AI O VERÃO GENTE!


FERNANDO AZEVEDO

Chegou mesmo o verão, férias à vista, e nordeste com suas praias e resortes tornam-se um programa obrigatório para os daqui e os de fora. Vão ai algumas noções e conselhos como aproveitar melhor e sem risco o bendito sol.
Saibam algumas coisas. Existe o que se chama fototipo que se gradua de I a VI. Isso dependendo da cor da pele. O I seriam os branquelos mesmos, o tipo europeu louro e de olhos azuis e o VI seria o africano, o chamando preto retinto.  Os números mais baixos são mais propensos ao câncer de pele,  e o VI mais resistentes pela alta taxa de melanina. Os vira-latas como eu e outros desse querido Brasil miscigenado  graças aos queridos portugueses (quero minha cota) ficam na categoria intermediária.
Todos, no entanto devem se proteger, sobretudo no horário das 10 às 15 horas e ai vão alguns apetrechos: chapéus, bonés, óculos, roupas com proteção UVC, guarda sol lembrando que areia, piso, água e até neve são potentes irradiadores do sol.
Aplicação de filtro solar 30 ou mais alto meia hora antes de exposição e renovação a cada duas horas. Não usar sprays que protegem muito pouco. Usar os cremes e em camada mais espessa. Proteger lábios e orelhas
Existe o chamado CAPITAL SOLAR que é a capacidade da pessoa tolerar a exposição ao sol e quando esse” dinheiro acaba” a pele envelhece , enruga e fica mais propensa ao câncer. Criança até seis meses não deve usar protetor pois o sol é altamente benéfico no horário adequado e por 20 a 30 minutos de exposição. Os maiores por permanecerem mais tempo é que são o alvo pois o câncer de pele aumenta na infância e sobretudo na adolescência e em meninas. As câmaras de bronzeamento são totalmente contraindicadas.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A CRIANÇA/ADOLESCENTE E O PSICÓLOGO


FERNANDO AZEVEDO

 Os resfriados, pneumonias, meningites  que tanto ameaçam a vida dão trabalho, mas a cura pode ser completa. Lógico que me preocupo muito com a doença orgânica pelo imediatismo de resultados cobrados pela família e pela nossa angústia de ver o mais breve possível a criança restabelecida e novamente pronta pra o que der e vier. Dureza é a doença psíquica. Está virando uma doença epidêmica e o dano é imensurável, pois é uma doença crônica, progressiva. O corpo está lindo, mas a cabeça que é o nosso GPS para a vida pode estar danificada para sempre o que trará prejuízo social e profissional, pois afeta o que mais importa no corpo da gente: o equilíbrio emocional. Nota-se cada dia mais crianças tristes, cobradas, competitivas, agressivas.  Na escola a nota 10 sempre esperada e exigida, quando criança não deveria ter nem nota nem reprovação que só traz soberba para uns e tristeza para outros e  ambos serão vítimas desse desempenho para mais ou para menos. Se participam de alguma atividade esportiva não seguem o espírito olímpico do Barão de Coubertin “o importante não é vencer, é competir e com dignidade” e a criança não está participando por não ter físico apropriado para o esporte que gosta. Tudo tem visão profissional. Esses problemas são a mim trazidos e me pedem a indicação do psicólogo, mas como mudar a criança se não muda o meio ambiente? Os pais, avós, o núcleo familiar enfim é a principal causa do desajuste psíquico, mas as pessoas não querem participar, não tem tempo, não se entendem entre si, brigam na justiça por pensões... Se o desajuste é na escola o que acontece com frequência, também não encontram um ambiente compreensivo e acolhedor. Ora minha gente a psicologia tão necessária para ajudar essas crianças/adolescentes cai por terra sem obter os resultados a que se propõe num tratamento. O abandono das consultas de acompanhamento é quase uma rotina. Comparo com o tratamento contra obesidade quando não se procura uma nutricionista para mudar todo o comportamento alimentar de uma família. Não se obtém resultados sem essa colaboração. Na obesidade, se chega à morbidez,  faz-se a cirurgia bariátrica com estatística favorável, mas não rigorosamente favorável. Mas que intervenção se pode fazer num cérebro obeso de problemas? Precisamos mudar: “Yes, we can”.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

VOU-ME EMBORA PRA QUIXABA


FERNANDO AZEVEDO

Vou-me embora pra QUIXABA/ lá feliz eu serei/ lá tenho a escola que quero/ com impostos que paguei.

A Escola Estadual Tomé Francisco da Silva, no município de QUIXABA, sertão pernambucano venceu o prêmio de gestão escolar 2012 prêmio NACIONAL, consagrando-se como ESCOLA REFERÊNCIA BRASIL  em gestão escolar. É uma notícia realmente surpreendente. Entrei no Google e fiz um tour pela pobre cidade sertaneja. Vejam o filme. Na minha infância havia escolas públicas de referência em Recife tais como o João Barbalho, a Escola Experimental Barbosa Lima no Parque Amorim onde minha irmã fez todo o curso primário (atualizem o nome, por favor) e o famoso Ginásio Pernambucano onde os alunos tinham vagas garantidas nas universidades não por cotas, mas por qualidade do ensino. No interior sabia-se também de excelentes escolas em Pesqueira, Vitoria de Santo Antão e outros municípios. Ser NORMALISTA era uma honra, e o cuidado com o ensino infantil uma meta. Degenerou tudo, as escolas são vergonhosas em todo o estado, no Recife e no Brasil e a profissão de Professor uma das mais importantes de um país completamente desestimuladas por baixos salários e péssimas condições de trabalho. Como querer é poder, lá vem Quixaba mostrar que o exemplo pode ser seguido em todo o estado e na capital. O reaparelhamento dos prédios e um novo estímulo aos docentes podem transformar nosso Pernambuco e servir de exemplo a todo o país. A presença dos pais na integração com a escola parece ser o ponto de partida. Trabalhei no governo CID SAMPAIO numa repartição chamada Fundação da Promoção Social e o objetivo era justamente esse, o da implantação em comunidades pobres da escola e do serviço médico e dentário. Trabalho social notável com participação de todos. Parabéns Governador e Secretário de Educação. Parabéns a todos os que fazem de QUIXABA um orgulho nacional. Que o exemplo se espalhe e que a disputa saudável entre os municípios pernambucanos torne-se um novo alento para a educação do nosso povo.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A TIMIDEZ


FERNANDO AZEVEDO

Estabeleceu-se um padrão na sociedade que o sucesso na vida, na profissão, depende do poder de comunicação que o jovem tem, da sua capacidade de liderança escolar e com isso, ficou estabelecido que os tímidos são crianças e adolescentes com tendência ao fracasso. Para “tratamento” dessas pessoas são criados cursos para que se desinibam, e ai la vem treinamento em oratória, teatro, tratamento psicológico e outras coisas mais. Ora, cada dia mais se entende que as pessoas são diferentes e é necessário que sejam diferentes. Com os anos vividos e la se vão setenta e dois, quantas pessoas “falantes” que conheci não se impuseram culturalmente ou economicamente e quantos calados chegaram la. Há uma preocupação familiar e escolar quanto aos tímidos, aos que no recreio ficam quietos lendo, assistindo a brincadeira dos outros e comunicando-se com si mesmo num estado de completa harmonia interior. Lendo a Folha de São Paulo encontro esse tema abordado pela psicóloga Rosely Sayão de forma muito interessante tomando por base o livro O Poder dos Quietos da escritora Susan Cain com enorme sucesso de vendas. Nesse mundo competitivo a timidez passou a ser encarada como problema quando nada mais é que uma característica a não ser em casos especiais, sobretudo de mudança de comportamento repentino ou duradouro. Deixem em paz os “calados”