segunda-feira, 29 de julho de 2013

A DOR DE CABEÇA

FERNANDO AZEVEDO


Durante muitos anos fui vítima de muita dor de cabeça e enxaqueca que me tiravam do trabalho pelo tremendo mal estar que provocava. Deixei de fumar e ela foi embora de vez. Nunca atribui ao cigarro como todo fumante que se preza. O problema na dor de cabeça é tentar descobrir a sua causa e é mesmo difícil. Estudo brasileiro (Porto Alegre) em crianças de 10 a 18 anos encontrou cefaleia em 82% sendo a cefaleia tensional mais frequente (82%) e a enxaqueca 10%. A grande diferença entre elas é que na tensional não há o acompanhamento de náuseas, vômitos, fono ou fotofobia (incômodo com sons ou claridade), são mais frequentes, a intensidade é fraca ou moderada, se distribui bilateralmente enquanto a enxaqueca é mais unilateral “derruba o freguês” e geralmente se acompanha de náuseas, vômitos, além de existir sempre uma historia familiar. Juntando dor de cabeça com vômitos vem logo a ideia de meningite mas falta a febre e o estado geral não se altera muito,além da inexistência de outros sinais neurológicos. Não pensem que é fácil o controle e isso traz queda de rendimento escolar, o humor vai lá pra baixo e torna a criança irritadiça. Menstruação é um dos fatores de desencadeamento de crises. Doenças respiratórias altas com sinusites e otites, alterações visuais (fundamental um exame oftalmológico nesses casos de dores repetidas) Os analgésicos são necessários, mas existem medicamentos que se pode usar nos dois tipos de cefaleia que diminuem ou fazem as crises desaparecerem. Nas cefaleias tensionais, técnicas alternativas de relaxamento, RPG, acupuntura e outras podem ser avaliadas. O que tem sido abusivo é o número de exames de imagens totalmente desnecessários na maioria das vezes. Se existe historia de trauma craniano recente, dor de cabeça que acorda a criança, se a intensidade foge da rotina ou se existem sinais neurológicos ai a coisa é outra. 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

AOS VESTIBULANDOS DE 2015 (ÁREA DE SAÚDE)

FERNANDO AZEVEDO


A anunciada mudança na área de saúde não é séria, não passa de jogada de marqueteiros de uma presidentA que afirma uma resolução num dia e a retira no outro com a maior desfaçatez, procurando jogar nos outros a responsabilidade do seu fracassado governo herdado do seu tutor que” enganou muitos por muito tempo”, mas que agora vê sua honra enxovalhada pelos atos desonestos que praticou com seus canalhas preferidos. O nosso país precisa de mudanças muito importantes na nossa área de saúde e não pode uma população viver sem assistência mínima, deitada pelo chão de hospitais ou morrendo a míngua na sua própria casa sem luz, sem água, sem saneamento, elementos básicos para elevação do seu padrão social. O estudante da área de saúde precisa conhecer  e viver essa realidade, e as faculdades em estudo conjunto deveriam promover caravanas permanentes e programadas a esses rincões de pobreza, fazendo diagnostico da situação e junto aos prefeitos procurar a melhor solução para minorar o sofrimento da população. Engajar-se no PSF que é um projeto muito bom.Os estudantes da área de saúde estariam aptos a esse trabalho no último ano de sua grade curricular. Teriam já uma suficiente vivência para junto a tutores aprenderem como elaborar um plano de triagem de casos para cidades mais desenvolvidas, desenvolverem ações preventivas de higiene, vacinação, educação sexual etc. Trabalho em casas de parto não poderia faltar, conhecendo parteiras e aprendizes, ensinando e aprendendo com elas até que outra realidade mude a situação.Seria uma das lições de humanização do estudante. Esse mutirão permanente e em equipe seria uma forma a ser discutida e não a imbecilidade de colocar UM MÉDICO em cada cidade como se medicina hoje vivesse sozinha e dispensasse a odontologia, a nutrição, a fisioterapia, psicologia a enfermagem etc. Construísse o governo federal  em parceria com os estaduais e municipais uma “pensão” com uns 10 quartos para abrigar as equipes que seriam substituídas a cada período a ser estabelecido. Utilizasse como alojamentos quartéis da policia ou do exército próximo das cidades . Da forma como fiz o serviço militar obrigatório e que foi uma experiência excelente acho muito simpático e patriótico que o civil se dê um pouco à pátria em serviços socioeducativos. Servir à pátria e não servir-se da pátria que é a rotina desses que nos governam. Os homens públicos rareiam, pois é intolerável a convivência com bandidos. O estudante estaria pela energia da idade disposto a essa tarefa, mas não teria o mesmo empenho se o colocassem isolado numa cidade longínqua depois de sua graduação de cinco a seis anos. Cairia rapidamente na desilusão profissional, depressão e grandes chances de vícios. Não preseidentA, sua equipe é de uma incompetência irritante. Seu ministro da saúde um paspalhão. O Brasil precisa de pessoas melhores e não destrua o sonho de um recém-formado. Adeus!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

A VACINA HPV

FERNANDO AZEVEDO

A medicina preventiva é da maior importância. A quantidade de crianças no mundo que morreu por contrair Sarampo, Poliomielite, Difteria, Tétano e outras doenças transmissíveis é felizmente uma página virada. Na minha vida médica no Hospital Oswaldo Cruz foi incontável os casos dessas doenças. Hoje felizmente os médicos mais jovens não as conhecem. A cada dia se tenta uma prevenção para doenças através de vacinas. Surgiu há alguns anos a vacina contra HPV. Trata-se de um vírus muito difundido causando infecções inaparentes e resolvíveis pelo nosso sistema imunológico. Numa proporção pequena algumas pessoas adoecem ou com manifestação mais leve que são as verrugas genitais ou com o câncer de útero que é o objetivo mais importante a evitar que aconteça. Essa vacina lançada inicialmente para aplicação em meninas de 9 a 26 anos, estendeu-se para aplicação também em meninos na mesma idade. O custo é de 300 reais por dose (3). O Ministério da Saúde programa aplica-la gratuitamente nos postos e escolas a partir de 2014. A faixa a ser vacinada é a de MENINAS de 10 a 11 anos. Em 2012 pesquisa mostrou que18,5% de meninas na 9ª. Série do ensino fundamental (13 a 15 anos) já mantinham relações sexuais (sudeste) e o índice alcança 25.5% na região norte. A transmissão desse vírus não é somente através de fluidos (como o HIV), mas por contato com mãos, boca. A não inclusão de outras faixas etárias é devido ao custo da vacina. Gratuidade somente nessa faixa mas se você puder, inclua seus filhos no programa (meninos e meninas) em clínicas de vacinação.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

FRALDAS, PARA QUE SERVEM?

FERNANDO AZEVEDO


Surge um novo padrão de conduta com seu início na Alemanha, mas já com comunidades em outros países inclusive o Brasil. Já há através da internet comunicações e adesões a esse tipo de conduta que está ai para vocês seguirem ou não. É o ELIMINATION COMUNICATION traduzido para o português como Higiene natural. Trata-se de novo método de higiene infantil onde a fralda é abolida. A criança passa a ser observada e pela carinha e sons ela transmite a vontade de fazer xixi ou cocô e rapidamente os pais a colocam no local adequado e com isso o treinamento tanto dos pais como da criança torna-se precoce, evitando assim o gasto com fraldas e as chamadas “dermatites de fraldas” muito comum, sobretudo na era das fraldas descartáveis. Gostaria francamente de conhecer ao vivo o método. Uma criança, sobretudo as amamentadas que tem o famoso “pum molhado” e está sempre com a fraldinha suja ser colocado a cada caretinha num vaso, ou mesmo bebê maior serem fiscalizados com essa finalidade, leva os adultos que tomam conta a uma paranoia e não acredito quer isso possa dar certo. O controle do xixi é mais precoce e o treinamento do cocô no penico é deixado para quando a criança já está andando e tem a liberdade de querer sair do vaso. Se tiver um horário certo e fácil de identificar o resultado pode ser mais positivo. Se a tentativa é forçada às vezes a criança retém as fezes e entre em constipação que é um transtorno. O método ELIMINATION COMUNICATION a meu ver aumentará a frequência a consultórios de psiquiatria, pois só doido para fiscalizar isso.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Visita 5 estrelas

FERNANDO AZEVEDO

Já escrevi sobre o tema num dos blogs passados. Mas vejam o que encontrei no DIARIO DE NOTICIAS DE PORTUGAL: 10 CONSELHOS PARA VISITAS 5 ESTRELAS. Sempre gosto de escrever temas de leitura mais rápida, mas vou transcrever na íntegra.
1) Nas primeiras 24 horas de vida ado do bebê nada de visitas. A mãe está cansada do parto precisa recuperar. Além disso, este é o primeiro momento de ligações dos pais ao bebé e um ambiente tranquilo é confortável e fundamental.
2) O telemóvel pode ser o instrumento ideal para dar os parabéns à família pela vinda do novo membro. Mas em vez de ligar, pois o mais provável é que seja a mãe a atender, o melhor é enviara uma mensagem. Não corre o risco de ser inconveniente e acordar o bebé caso este esteja a dormir a sesta e os pais podem responder quando for a melhor altura. Esta é também é maneira de perguntar qual o momento certo para a visita.
3) Antes do parto os pais devem falar com a família mais chegada e com os amigos para si e para o bebé e avisam quando for oportuno fazer visitas e que darão conta das novidades através de mensagens
4) Cabe ao pai ser uma espécie de segurança da mãe de da criança quando começarem a chegar as visitas. Deve ser ele a receber a família e os amigos e regular o tempo que dura a visita. É ao pai que cabe a responsabilidade de impor os limites, pois a mãe ainda cansada do parto e sobre o efeito das alterações hormonais não terá capacidade para fazê-lo.
5) a visita não deverá demorar mais de 20 minutos ou meia hora. É tempo suficiente para dar os parabéns, conhecer o bebé, saber como estão todos. Se as pessoas estiverem mais tempo, o pai deve, cuidadosamente sugerir que a mãe e o bebé precisam de descansar e podem voltar noutro dia. Cabe aos amigos e familiares terem a sensibilidade para perceber que a família precisa de tempo para si.
6) Idas a casa nunca devem ser feitas depois das 21 horas. É preciso respeitar o tempo de descanso dos pais e do bebé. Nunca ir ao hospital ou a casa visitar o bebé se estiver doente, mesmo que não seja nada grave.
7) Não deve receber no quarto onde está o bebé mais de duas pessoas. Se por acaso chegar mais alguém receba-o mas  alguém que já lá estava deve sair para que o ambiente não fique demasiado pesado e a temperatura não suba demasiado.
8) Sejam cuidadosos com a hora da amamentação que podem chegar às treze vezes por dia. Muitas pessoas pensam que a mãe não se importa de amamentar o bebé à frente dos outros Isso pode não ser verdade e por isso é melhor evitar visitas durante a hora da alimentação para que a situação não seja desconfortável para a mãe ou esta tenha de mudar de divisão da casa para fazê-lo de forma mais reservada.
9) Não peque o bebé ao colo por mais que lhe apeteça. Peça sempre autorização dos pais e lave as mãos antes de pegar no bebé. Não coloque perfume no dia da visita, pois os bebés são muito sensíveis a e precisam de reconhecer o cheiro dos pais para se sentirem mais seguros. Evite dar beijos. Se fizerem as mulheres não devem ter os lábios pintados. A pele dos mais pequenos é muito sensível e pode ficar irritada.

10) Não dê conselhos aos pais.  Certamente eles já receberam muita informação atualizada e sabem tudo o que precisam. Só dê conselhos se estes os pedirem. Esta é uma mensagem especialmente dirigida às avós e cunhadas.