segunda-feira, 24 de julho de 2017

EU E O FRIO (E O VENTO)

FERNANDO AZEVEDO 

Semana passada voltei de minhas mini férias em São Paulo, programa que faço há 26 anos para rever filha, genro e netos que foram aparecendo e hoje em dia desaparecendo pois nossos horários são incompatíveis. Quando durmo eles chegam e quando acordo estão dormindo e quando todos estamos acordados e juntos o i-phone ganha do bate-papo. Mas vamos falar do frio. Há uma incompatibilidade entre nós. Não o suporto, Nasci para andar descalço, de bermuda e sem camisa. Corro também de vento e quando vim para SP o Recife estava numa fase de ventania terrível, mas a gente ganha dele fechando as janelas. Do frio não. Ele penetra pelas paredes, invade minha cama e fura o meu cobertor (hoje edredom) e não me livrando dele, logo vem a coriza a garganta irritada os espirros etc. Jamais na minha vida verei a neve. Medo do vento tem uma explicação. No meu tempo de menino, ainda sem chuveiro elétrico ou boilers, quando chegava a época de chuvas e frio no Recife, tomávamos o famoso “banho de cuia”. Toda casa tinha um caldeirão grande que se enchia com água fria que era temperada com uma chaleira de água fervente até a temperatura ideal. Ao sair do banho muito cuidado com as correntes de ar, pois poderíamos ficar com a “boca troncha” se ela nos pegasse. E essas coisas vão se impregnando nas nossas cabeças e ainda hoje respeito uma série de recomendações desse tipo. Quebrei a de tomar banho sem antes passar um período de duas horas para “fazer a digestão”. Seria morte certa se quebrasse a regra, mas quando morei no Rio de Janeiro para fazer Residência Médica, num dia de mais de 40 graus arrisquei e felizmente não morri. Sinto que estou piorando com o tempo ou estão refrigerando de mais os ambientes “climatizados”. Não vou mais a cinema, saio de restaurantes e procuro sempre me livrar das “correntes de ar”. Não me vejo de boca troncha nem morto.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

FEBRE AMARELA- NOVAS RECOMENDAÇÕES



PEDIATRIA E ARTE
FERNANDO AZEVEDO

FEBRE AMARELA- NOVAS RECOMENDAÇÕES

Todo o esforço de Oswaldo Cruz no início do século XX para a erradicação da Febre Amarela no Rio de Janeiro, enfrentando protestos da população e de políticos, e saindo vitorioso com a erradicação do Aedes Aegypti volta a ser um problema e agora não só naquele estado, mas praticamente em todo o Brasil. As novas recomendações do Ministério da Saúde são de vacinas a população do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O nordeste é poupado não se sabe até quando. O Aeddes Aegypti (o mesmo da Dengue, Chikungunya e Zica) são responsáveis pela transmissão da doença nas cidades e os Haemagogus e Sabethes nas matas, na Febre Amarela silvestre sendo observado a morte de macacos o grande reservatório do vírus. Toda a população fixa e de viajantes deve ser vacinada. Algumas exceções, no entanto devem ser observadas:
1.       A idade recomendada é a partir dos 9 meses e excepcionalmente aos 6 meses.
2.       Não vacinar portadores de imunodeficiências primaria ou secundárias como os que estão em químico ou radioterapia, em uso do corticoide por tempo prolongado, historia pregressa de doenças do timo (Miastenia gravis. Timomas), ALERGIA GRAVE A OVO, Não vacinar gestantes nos três primeiros meses, mães que estão amamentando (durante um período de 15 dias após vacinação). Se possível coletar o leite e congelar para oferta nesse período, alguns cuidados com idosos acima dos 60 anos
3.       Não vacinar simultaneamente com outras vacinas de vírus vivos atenuados como os da Poliomielite injetável, Sarampo, Caxumba e Rubéola, Varicela. Fazer um intervalo de trinta dias para aplicar a de Febre Amarela.
4.       NOVOS CONCEITOS – Basta uma dose para imunizar por toda a vida e não se deve fazer repetição de dez em dez anos como antes.
5.       SEGURANÇA DA VCINA – Totalmente segura, apenas podendo haver reações leves, banais.
Esse ano teve o registro de 707 casos com 275 mortes. No inverno os mosquitos não ficam em grande atividade, mas no verão com calor e umidade eles fazem a festa.
Prevenir sempre e esses mosquitos não sairão mais do Brasil mesmo fazendo delação premiada.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

PEQUENA PAUSA



PEDIATRIA E ARTE
FERNANDO AZEVEDO
PEQUENA PAUSA

Há 26 anos em Julho dou uma paradinha para um breve repouso de duas semanas. Não chamo de férias porque paro para uma vida doméstica familiar em São Paulo onde revejo filha, genro e netos. Nada que se assemelhe a turismo e sim repouso não remunerado, cobertores e edredons, conversas (já foram melhores antes dos i-pads e i-phones) colocando assuntos em dia. Reparos no consultório do desgaste de um ano com pintura e outras coisinhas mais. Não se recomenda a médico, pausas de mais de 15 dias, sobretudo a cirurgiões. O mesmo acontece com músicos que por isso levam sempre seus instrumentos (dependendo de qual) para continuarem se exercitando, pois de outra forma as habilidades ficam mais lentas. Julho é um encontro família e depois mais 15 dias que serão em Setembro para ir ver meus encantos em Portugal com uma viagem a Valencia iniciando o tour. Terra das bonitas mulheres, das flores e jardins como diz a letra da música Valência. Depois Lisboa e Porto e nessa região ver Marco de Canavezes e Várzea de Ovelhas lugar de nascimento de Carmen Miranda a nossa maior artista ainda hoje. Carmen veio para o Brasil com dois anos e nunca trocou cidadania. Adorava o Brasil, mas manteve sua nacionalidade portuguesa por toda a vida. Em Portugal comer meu bacalhau uma a duas vezes ao dia e depois na volta dosar se maltratei muito meu fígado e rins que ficam com inveja do meu estômago.
De São Paulo volto dia 23 de Julho. Até lá, e permanecem ligados o e-mail e o Zap. Disponham.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

VIOLÊNCIA



PEDIATRIA E ARTE

FERNANDO AZEVEDO

Hoje não escrevo. Transcrevo o texto de ANTONIO MARCIO LISBOA, meu querido Professor de Pediatria no Hospital dos Servidores do Estado- RJ – onde fiz Residência Médica. Desde 1967 é Pediatra e Professor em Brasilia e aos 90 anos continua em plena atividade e me ensinando
O AUMENTO CRESCENTE E INCONTROLAVEL DA VIOLÊNCIA É O MAIOR PROBLEMA DO PAÍS. MAIOR QUE DESEMPREGO, INFLAÇÃO, LAVA JATO, DELAÇÃO PREMIADA. MAIOR QUE QUALQUER OUTRO PROBLEMA.  OS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA ESTÃO PERDIDOS. HOMICIDIOS EM 2016, MAIS DE 50.000. 2017, EM BRASÍLIA, NO SEMESTRE? ROUBO DE CARROS MAIS DE 1500, ESTRUPOS, MAIS DE 300;  ROUBO DE CELULARES E ASSALTOS A PEDESTRES, MAIS DE 3000. SAIR A PÉ, EM PRATICAMENTE TODAS AS CAPITAIS, É UMA ATIVIDADE DE ALTO RISCO. PRESÍDIOS, LOTADOS. A SUPERLOTAÇÃO OBRIGA A SEREM LIBERTADOS INDIVÍDUOS DA MAIS  ALTA PERICULOSIDADE. REVOLTANTE AS CENAS DE MULHERES VIOLENTADAS E ASSASSINADAS; DE JOVENS ASSASSINADOS FRIAMENTE SEM NENHUM MOTIVO. POR PURA MALDADE.  EM QUASE TODOS FILMES DE VIOLÊNCIA SÃO ENFATIZADOS ASPECTOS RELACIONADOS A INFÂNCIA DOS CRIMINOSOS COMO CAUSA DETERMINANTE. E O QUE FAZEMOS? COLOCAMOS CADA  VEZ MAIS POLICIAIS NA RUAS, PRENDEMOS CRIANÇAS, CONSTRUIMOS MAIS PRESÍDIOS, COMBATEMOS O NARCOTRÁFICO, O CONTRABANDO DE ARMAS. CONTINUAMOS DIZENDO QUE PRECISAMOS ACABAR COM A IMPUNIDADE E VAMOS, RAPIDAMENTE, CAMINHANDO PARA O CAOS. E A MÍDIA? VEM DENUNCIANDO, CULPANDO AS AUTORIDADES E DEFENDENDO MAIS POLICIAMENTO, MAIS PRISÕES, TUDO AQUILO QUE VEM SENDO FEITO, HÁ MAIS DE 100 ANOS, E NÃO TEM FUNCIONADO. PREVENIR (P) A FORMAÇÃO DE  INDIVIDUOS COM COMPORTAMENTOS ANTISSOCIAIS  PRECISAMOS DOS PAIS (P) , PROFESSORES (P), PSICOLOGOS (P) , PEDIATRAS (P)  E NÃO DA POLICIA (P). VEJAM A AIMPORTÂNCIA DA LETRA P.  E SERÁ QUE NÓS PEDIATRAS ESTAMOS CUMPRINDO NOSSO PAPEL. SERÁ QUE DESCONHECEMOS QUE FOI UM PEDIATRA, FRANCO VAZ, QUE, EM 1914, NOS ALERTAVA SOBRE AS MEDIDAS A SEREM TOMADAS, AINDA NA INFÂNCIA, RELACIONADAS   A BOA  FORMAÇÃO DOS CIDADÃOS PARA QUE SE CONSEGUISSE DIMINUR OS EPISÓDIOS DE VIOLÊNCIA? COM TRISTEZA, AS MEDIDAS POR ELE PRECONIZVAVA FORAM ESQUECIDAS, ATÉ POR NÓS PEDIATRAS. E AS QUE ELE CONDENAVA, COMO AQUELAS RELACIONADAS AO ENCARCERAMENTO DE CRINAÇAS, FORAM IMPLANTADAS. EM OUTUBRO TEREMOS O CONGRESSO BRASILEIRO DE PEDIATRIA. MILHARES DE PEDIATRAS DISCUTINDO TEMAS DE IMPORTÂNCIA EM RELAÇÃO À SAÚDE E BEM ESTAR DAS CRIANÇAS. OCASIÃO EXCELENTE PARA ALERTAMOS    QUÃO IMPORTANTE O NOSSO PAPEL NA PREVENÇÃO DA FORMAÇÃO DE INDIVÍDUOS COM COMPORTAMENTOS ANTISSOCIAIS . VAMOS DESEMPENHAR BEM NOSSO PAPELCOMO O  DOS COLIBRIS TENTANDO APAGAR INCÊNCIOS NAS FLORESTAS.  E QUANDO FORMOS  PERGUNTADOS  SE, REALMENTE,  NÓS  ACREDITAMOS QUECONSEGUIRÍAMOS DIMINUIR A VIOLÊNCIA , VAMOS DAR A RESPOSTA DOS COLIBRIS. ESTAMOS FAZENDO A NOSSA PARTE. ANTONIO MARCIO JUNQUEIRA LISBOA, UM COLIBRI DE 90 ANOS
Que chegue ao Governador de Pernambuco essa leitura aoa anunciar o aumento da força policial no estado e a compra de centenas de veículos. Quanto desvio de finalidade.