terça-feira, 25 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL E FELIZ ANO NOVO

FERNANDO AZEVEDO

Mais um ano se vai e sempre com otimismo a gente vai levando a vida. De forma honesta, sem ganância que pode trazer sérios riscos, procurando estar de bem com todo mundo. O PEDIATRIA E ARTE que tanta alegria me deu pelos comentários sempre favoráveis recebidos não vai ao ar nos dias 24 e 31. Repouso para quem escreve e quem lê e depois a gente retoma. O blog está ai, sendo lido por incrível que pareça no mundo todo. Parece esnobação, a repetição do Pernambuco falando para o mundo da Radio Jornal. Mas não é que é verdade? Vai ao Canadá, vai à Rússia também. Não é mole. A todos vocês tudo de bom, divirtam-se, tirem férias!

 Um abraço forte.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

OS MOSQUITOS E OS REPELENTES

FERNANDO AZEVEDO 

Com a chegada do franco verão e férias, começa a temporada de praia, campo etc. Roupa máxima um short e a pele livre para os mosquitos que aumentam nessa época e adoram um corpo nu. Crianças pequenas entre 1 e 2 anos são o prato preferencial e depois dos 8 a 10 anos é que essas alergias a picadas vão desaparecendo. Mãos a obra então para não perder seu fim de semana com o pirralho se coçando e não deixando você dormir depois de ter tomado sua birita e conversado noite adentro. O melhor em medicina é evitar a doença, mas é difícil nesse caso. Tome então algumas atitudes para minorar a situação 
  1. Corte bem as unhas das crianças para evitar ferimentos ao se coçarem. 
  2. Repelentes  geralmente são bem tolerados e existem várias opções no mercado, mas faça um pequeno teste na pele antes de usar em toda a superfície exposta. 
  3. Telar a casa é uma boa, mas nem sempre viável. 
  4. Mosquiteiros a ar refrigerado dependendo de cada posse 
  5. Inseticida tipo SBP sem a presença da criança, permitindo depois de uma hora. 
  6. Se você tem casa em praia ou campo experimente plantar citronela perto dos ambientes de maior convivência, mas veja a direção do vento que tem que soprar a favor do lugar onde ficam as pessoas. Você encontra em diversas casas que vendem plantas. O cheiro é uma delícia, mas os insetos não gostam. 
  7. Os insetos principais são os voadores tipo muriçoca ou maruim, mas formigas, pulgas, percevejos (se você tem animais que podem estar contaminados) pode ser causa também. Se a criança acorda com lesões novas verifique o colchão. Pichilinga de pombo que gosta de fazer ninho em caixas de ar refrigerado é uma praga. 
  8. Usar roupas que cubram pernas e braços se for suportável. 
Se não conseguiu evitar a picada então vamos tratar: 
  1. Lavar bem as lesões com água e sabonete 
  2. Usar cremes locais que diminuem o prurido (Cutisanol gel, Andolba, Caladril loção) Várias aplicações ao dia. 
  3. Antialérgico oral se o prurido é intenso (Polaramine, Hixizine). 
Faça essa farmacinha e deixe na casa. Mesmo naquela de ser convidado e voltar no dia seguinte é bom levar pra não gastar o do anfitrião que pode deixar de convidá-lo. 

BOM VERÃO.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A TRISTE QUEDA DA AMAMENTAÇÃO


FERNANDO AZEVEDO

Tenho acompanhado com muita decepção a queda dos índices de amamentação no Recife e lógico que também no Brasil. A Pediatria como ciência tem início no ano 1884 quando na Alemanha inicia-se o ensino com a nomeação do Prof Otto Heubner Jr.  No Brasil os Profs. Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo (pai e filho) são os pais da Pediatria brasileira. Em 1910 funda-se a Sociedade Brasileira de Pediatria e começa a formação dos  nossos Pediatras. Uma das maiores preocupações dos nossos formadores foi a amamentação, mas os resultados ainda eram pequenos. A escravidão fornecia as “amas de leite”. As senhoras da sociedade por status e pudor não amamentavam e com isso a mortalidade infantil por diarreia no primeiro ano de vida era enorme. Na minha geração graças ao trabalho dos nossos mestres e a continuação pelos novos pediatras começou-se a ter índices altos e mudança de comportamento das mulheres, que amamentavam seus filhos em público sem nenhuma  vergonha e melhor ainda com orgulho. Fernando Figueira quando secretário de saúde em Pernambuco (anos 60) proibiu mamadeiras em toda a rede pública. Recém nascido tinha que mamar na mãe e não tinha mais conversa. Surgiu nos Estados Unidos que também vivia o mesmo problema a Liga do Leite e que se multiplicou pelo mundo. Mães que amamentavam visitavam as comunidades e falavam do benefício da amamentação exibindo seus filhos e relatando que não adoeciam.  Solicitamos a artistas da TV que em vinhetas das emissoras amamentassem, foi criada no Rio de Janeiro a associação Amigos do Peito. Em outros estados a coisa também pegou e aqui temos um grupo que lidera isso com “mamaços” públicos. Me orgulhava de no consultório ter praticamente 100% de aleitamento materno. Assisto agora um decréscimo importante na amamentação e bebês saem das maternidades mais afamadas da cidade com prescrição de leite em pó ou às vezes já tomam nos berçários. Logo num local onde o nível intelectual é maior? Não dá para aceitar. Outra coisa triste é a porcentagem de partos cesáreos chegando perto dos 100%. Na primeira consulta o obstetra já avisa que não faz parto normal, só com data marcada. Aí os berçários se enchem de crianças que nascem ainda imaturas por mais que as ultrasonografias mostrem que o feto está maduro. Que nada! Maduro ele está quando começa a querer sair. Lógico que certas mulheres devem por situações especiais fazerem partos operatórios, mas quase todas? É hora de repensar, voltar às campanhas de amamentação e não permitir que a indústria alimentícia ganhe essa facilmente. Finkelstein um dos pioneiros da pediatria alemã já dizia “Criança que mama não adoece e se adoece não morre”. Não existe verdade maior.

CÓDIGO DE HAMURABI (1730 -1685 aC)

Artigo 194 – “Se alguém der seu filho a ama de leite e o filho morre nas mãos dela mas a ama sem conhecimento do pai e da mãe aleita outro menino, deverá cortar-lhe o seio”
Não cheguemos a tanto.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

ALERGIA, ASMA E ANIMAIS.


FERNANDO AZEVEDO

Toda pessoa tem o direito de gostar ou não gostar de bichos. Tudo bem! Agora, parem de implicar com eles, pois vão perder a briga. Nos prédios discute-se o porte do animal: os pequenos podem e os grandes não podem morar no condomínio. Se a razão é o incômodo pelo latido o argumento é fraco, pois tem raças de pequenos que latem por qualquer coisa e grandes que são companheiros e quase mudos. Não poder andar com suas próprias patas tendo que ser carregado também não está colando, pois agora no Rio de Janeiro Nélida Piñon ganhou na justiça uma causa e o juiz sentenciou que o cão é morador do condomínio e tem seus direitos de “cidadão”. Pode ANDAR sim.
Mas vamos para a Medicina. Os alergistas implicam com nossos amigos e responsabilizam os mesmos pelas crises de asma do seu cliente e quem acredita dá ou abandona uma figura importante na formação espiritual de uma criança. Leio agora saído do forno, que a Academia Americana de Pediatria (pesquisa na Universidade da Califórnia) que “o contato com micróbios transportados por cachorros pode imunizar crianças contra asma” e pesquisa feita na Áustria “mostrou que o contato com animais desde o berço diminui a incidência de alergias” De acordo com o estudo, “se a mãe tem bichos desde antes da gravidez e a criança também convive com animais desde o nascimento a chance de desenvolver alergias é menor. Isso explica a menor incidência de doenças alérgicas em ambientes rurais, onde a população convive com bichos durante toda a vida”.  “As doenças alérgicas estão aumentando no mundo ocidental entre as famílias de poder aquisitivo mais alto porque há muito controle de ambiente”

RAZÕES PARA SEU FILHO TER UM AMIGO DE ESTIMAÇÃO:

11)      Aumenta a capacidade afetiva ( diminui o stress,incentiva a prática de exercícios, desenvolve a capacidade afetiva e até ajuda nos estudos)
22)      Melhora o desenvolvimento e socialização (pesquisa do americano Prof. Robert Poresky, Professor de Estudos da Família da Kansas State University provou que bichinhos de estimação aumentam o desenvolvimento cognitivo social e motor dos pequenos).
33)      Fortalece as defesas – trabalho na Universidade Warwick (inglesa) afirma que crianças se recuperam mais rápido de doenças se tem um animal em casa.
44)      Previne alergias – trabalho do alemão Joachim Heinirich mostrou que crianças que convivem com cachorro em  casa tem menos risco de terem alergia a pelos, pólen, poeira e outros elementos alergênicos que crianças sem cães.

Blog dedicado à minha querida cliente e amiga Luciana Valois. HEI DE VENCER!