Conversando e não digitando, a
gente vai aprendendo todo dia a vida como ela é e como deve ser. Num discurso a
ser proferido por Reinaldo Oliveira e lido com antecedência para nosso grupo em
gostosas reuniões do sábado no nosso Teraço Cultural, uma frase de autor
desconhecido especificou uma pessoa como TÃO POBRE, TÃO POBRE, QUE A ÚNICA
COISA QUE TINHA ERA DINHEIRO. Vejam quanta sabedoria há nesse pensamento. A
vida está longe de ser uma coisa material somente. As amizades que fazemos, a
nossa história, nossas raízes, nossa família e profissão são as nossas
riquezas. O chamado dinheiro é necessário apenas como um intermediário para
irmos à busca do alimento, da saúde e educação e mantermos um padrão de vida
dentro de uma normalidade apenas necessária. Vemos no nosso Brasil de hoje
pessoas tão pobres, mas tão pobres, que nem dinheiro tem mais e ainda perderam
a coisa mais bela da vida que é a liberdade, liberdade de vida e de opinião.
Paupérrimos figurões antes bajulados por outros paupérrimos e hoje nem esses
existem mais. A vida ensina todo dia e basta nela se inserir através da
leitura, das artes, da literatura, mas quem vive digitando vai dela se
afastando. Nesse mesmo discurso, tendo
agora como personagem uma velhinha rica do Asilo Bom Pastor
que ao receber uma visita coletiva de uma instituição beneficente disse numa
voz fraca e trêmula uma frase muito forte:" Por favor, não me tragam
biscoitos e guaraná. Me tragam só conversa” Mas os digitadores não querem
conversar e os TÃO POBRES só querem
enriquecer, acumular fortunas maioria delas de forma ilegal. Exibirem-se
através de aviões, helicópteros e Lamborghinis na sala de jantar, mostrando o
quanto é unicelular o seu cérebro que não gasta um centavo do seu Real para
fazer o bem, para ajudar uma instituição ou para conversar. Seu círculo
cultural são seus seguranças, peritos em artes marciais e revólveres para
abater quem se aproximar do seu chefe. Não, definitivamente não. Esse não é o
exemplo. Na política, li os três livros sobre Getúlio Vargas. O Brasil era
divergente em pensamentos: comunistas, integralistas, germanófilos de Hitler,ditadores,
mas não havia ladrões. Adhemar de Barros é talvez o primeiro figurante do
“rouba, mas faz”. As abjetas figuras políticas de hoje constituem o grupo do
rouba e não faz. Mas a vida faz por eles, mas não vão ter tempo para aprender.
Não terão nem biscoitos, nem guaranás nem conversas.
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