FERNANDO AZEVEDO
O dano provocado por pessoas que ocupam cargos
sem a menor capacidade intelectual como foi o caso da inesquecível Dilma
Roussef e seus asseclas, é assombroso e as notícias vão vindo à tona
diariamente. Se a assistência médica no Brasil é uma lástima, a assistência
médica à infância entra num buraco sem fundo. Sabe-se que a rede privada se
interessa pouco pela infância, mas entende-se que quem monta um hospital não
tem nenhum sentimento beneficente. O negócio é comercial e industrial, com
máquinas que tem que trabalhar noite e dia, laboratório e equipamentos
sofisticados e a criança não é o paciente ideal, a não ser em UTIs, berçários
etc. A criança recupera-se rapidamente maioria das vezes e basta um exame
clínico e poucos medicamentos para deixa-la pronta para outra trela. Os leitos
hospitalares para crianças são proporcionalmente em pequena quantidade na rede
privada e recebo constantes queixas de clientes que precisam de uma internação.
A rede pública que posso dizer de cátedra que era de alto nível e muitos
pacientes internei no Hospital Barão de Lucena e no Oswaldo Cruz, virou sucata.
Vejo agora uma reportagem na televisão mostrando filas intermináveis para uma criança
ser medicada, e dez mil leitos desapareceram no governo antológico da mulher
mandioca sapiens. Muito triste entrevistas com mães que tem que ir para outras
cidades à procura de uma internação para seu filho. Na minha vida acadêmica foi
fundado o Departamento Estadual da Criança com atendimentos de urgência noite e
dia e sedes em Afogados, Casa Amarela e Boa Vista que eram escolas de Medicina
e padrão de atendimento médico para uma população. Nada de TV em quarto, só
enfermarias, nenhum luxo, mas o básico para a cura de uma criança. Fiz minha
Residência Médica no melhor hospital do Brasil e da América Latina, o Hospital dos
Servidores do Estado, pertecente ao IPASE, e um padrão altíssimo de ensino e
assistência pediátrica. Volto e surge o IMIP uma obra espetacular que está em
grande dificuldade e trabalhei no Oswaldo Cruz e Barão de Lucena formando novos
médicos dedicados à infância brasileira. Um belo trabalho. Os Professores de
Educação Infantil também vão sumindo e aonde chegaremos sem educação e saúde
num país? Nossa arma é essa: internet e o voto. Vamos denunciando sempre esses
políticos salafrários que estão arruinando nosso país e provocando um
verdadeiro êxodo de jovens qualificados que não vêm chance na sua pátria, na
sua terra pela qual perdem o amor, sendo isso um fato grave. O tal do “cidadão
do mundo” na minha visão não tem raízes nem amores. Gosto do cidadão de Casa
Amarela, do Espinheiro e outros que valorizam o seu chão e que lutam para
fertilizá-lo com boas práticas, o sertanejo que não abandona seu chão. Esses
merecem o MUDA BRASIL para não mudarem-se do Brasil.
FERNANDO AZEVEDO
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