FERNANDO AZEVEDO
Se voltarmos nossos olhos para a Europa, sobretudo para os países nórdicos vamos observar
um padrão humano muito semelhante. A miscigenação por lá foi pequena. Se olharmos para o
Brasil que descoberto por Portugal país multirracial e aqui os portugueses encontraram índios
e depois trouxeram pretos da África e depois chegaram os invasores franceses, holandeses e
depois comercialmente os judeus, árabes, alemães, italianos, ingleses obrigatoriamente o país
passa a ter uma poluição genética. Se olharmos o Brasil do sul (Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul) pela forte imigração europeia o padrão é completamente diferente do Brasil do
norte até São Paulo. Se vamos a qualquer local público constatamos os biótipos e cores de
todos os tons. Na escola começam os problemas da valorização dos biótipos. Temos que ter
consciência que a maioria da população puxa para o feio e daí o destaque dos realmente mais
bonitos, isso em todas as cores. Esses vão para as passarelas, televisões, cinema etc. Trabalha-
se em Pediatria com curvas de crescimento. Essas curvas desenham os percentis por onde as
crianças vão seguindo de uma forma harmônica no peso (nem emagrecimento nem sobrepeso
ou obesidade) assim como as curvas da estatura que também devem ser sem desvios. Se há
alteração chama atenção. Da mesma forma existe a curva do perímetro cefálico que nos alerta
para parâmetros anormais como os casos de microcefalia, tema da atualidade ou
macrocefalias. Acontece que com essa mistura genética temos numa mesma família pessoas
altas e outras baixas. Meu avô materno, por exemplo, tinha 2m14 (Antonio Leonardo
Rodrigues- podem procurar no Google se digitarem RODRIGÃO) Na descendência somos todos
altos, mas ninguém chegou aos 2m de altura. Na escola o deflagrar da puberdade vai dos 9 aos
l4 anos nas meninas e nos meninos dos 11 aos 15 e ai começa a comparação, a separação de
amigos (os púberes já se consideram diferentes e não encontram mais companhia nos
impúberes) e isso traz traumas psíquicos. Ganhei o apelido de PIXOTO no Náutico e mesmo
em casa, pois só estiquei aos 15 anos. Chama-se esse fato de Retardo Puberal Constitucional.
Isso se repetiu em primos e filho. Chateia mas resolve-se com conversas ou mesmo com apoio
psicológico. O que quero atingir é a obsessão por filhos altos quando a genética não traz esse
desenho e ai vem as aplicações de hormônio do crescimento de uma forma mal conduzida,
fazendo a criança tomar injeções diárias até o fim do crescimento em torno dos 16 anos. Esse
desconforto doloroso físico e mental levará a uma altura final às vezes menor da que seria pela
evolução normal. Em certas doenças crônicas o crescimento é retardado, como nos casos de
irradiações cranianas, cardiopatias, nefropatias. Nesses casos nada adianta o uso hormonal.
Em outros vale à pena, mas com um diagnóstico preciso de falta de produção ou produção
inadequada. . O tratamento é muito caro. Pode ser feito pelo SUS se realmente um especialista
comprovar a necessidade do uso. Sinceramente eu vejo a vida pelo cérebro, pela sensibilidade
e inteligência das pessoas, a cultura que encanta e não por um palmo a mais ou a menos. Na
vida esportiva, por exemplo, os pequenos exploram certas atividades onde os grandes não
podem entrar (jóquei, piloto de formula 1, ginástica olímpica etc., assim como os baixinhos
não chegam ao basquete e no voleibol). É a vida. A inteligência, no entanto cabe em qualquer
tamanho, abre qualquer porta e o Brasil tem exemplos magníficos de pequenos grandes
homens e mulheres. O mundo também.
Belas e sábias palavras. Como mãe de um garoto de 12 anos, ainda impúbere, sei bem o que é isso !
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