terça-feira, 16 de maio de 2017

SAPIENS – O LIVRO QUE NÃO TERMINO.



FERNANDO AZEVEDO

Recebi de uma querida cliente, Iran, um livro como presente de Natal. Sapiens, uma breve história da humanidade.  Seu autor Yuval Noah Harari é Doutor em História pela Universidade de Oxford e Professor da Universidade Hebraica de Jerusalém. É normal que cada pessoa tenha suas preferências literárias. Adoro os gêneros crônica e contos, por exemplo, onde em poucas linhas o autor diz tudo. Os romances, as histórias com “suspense” que se lê avidamente para chegar ao término que cada um imagina, biografias que por felicidade deixaram de proibir e assim segue. Alguns consagrados autores não entendo como se notabilizaram, pois não consigo ir adiante de tão chata que é a exposição. Outros, e ai vai uma referência a um querido amigo Luciano Marinho, grande professor de português que ao aposentar-se se dedicou a escrever com uma imaginação que pergunto ao próprio de onde vem tantos personagens e histórias que cria. Uma imaginação sem limites. Poesias, poemas fazem outra linha de leitura lenta, uma leitura de apreciação da sensibilidade do escritor.
O SAPIENS me leva a não terminar o livro e quando terminar vou voltar às primeiras linhas, porque não é aquele livro de uma leitura ávida pelo término e sim de reflexão sobre a vida. Leio um capítulo e em vez de passar para o seguinte, faço a leitura caranguejo e tudo começa outra vez.
O livro ensina a pensar, a refletir sobre a humanidade, sobre as conquistas de poder e mesmo vivendo o século XXI o homem não aprendeu que a cobiça, o ter cada vez mais, o dominar cada vez mais não leva a lugar algum. Impérios destruídos, milhões de mortos em nome da cobiça, ódio e todos esses sentimentos negativos que não elevam o homem/mulher.
Não precisa citar nomes, mas examine-se o mundo de hoje e veja que o povo coloca no poder pessoas que detestam o povo. Detestam a civilidade e a educação para a formação de cidadãos do bem. As religiões que se odeiam e que mantém esse pensamento e comportamento por séculos. As armas cada dia mais poderosas bem diferentes das dos “caçadores coletores" referidos pelo autor.
Que pena!

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