FERNANDO AZEVEDO
O PEDIATRIA E ARTE foi criado há cinco
anos e aqui escrevo principalmente sobre esses dois temas, mas como cidadão
vivendo os dias podres que estamos vivendo hoje, onde a moral e os bons
costumes de nada valem sinto uma dor diária na leitura de jornais, revistas e
TV que pouco assisto. Um caso real me vem à lembrança. Um conhecido meu
sentindo que o casamento estava com sinais de traição da mulher armou um
esquema para o flagrante. Não era bem a mulher que ele queria mais e sim a
guarda do filho, antes, muito antes da guarda compartilhada atual. Com dois
detetives particulares flagrou a mulher e o amante saindo motel numa
documentação perfeita. Na audiência nada ficou provado. O motel poderia ter
sido o restaurante que o casal escolheu para maior privacidade. Como provar que
fizeram sexo? Há apenas a hipótese, mas não a prova. Perdeu ele a mulher e a criança.
Na formidável marcha –rancho Estrela do mar de Paulo Soledade e Mário
Pinho também há uma dúvida cruel sobre o
amor entre a estrela do céu e um pequenino grão de areia. “Se houve ou se não
houve alguma coisa entre eles dois/ ninguém pode até hoje afirmar/ o que há de
verdade é que depois muito depois/apareceu a estrela do mar”. O que vemos hoje
é exatamente isso. Um país que teve seus cofres arrombados, a educação deteriorada
com uma evasão escolar cada dia maior, uma saúde pública de dar pena e que
atinge também a saúde privada cada dia mais cara e inalcançável para o bolso de
muita gente, transportes péssimos e segurança zero e uma corja de ladrões
capitaneados por um cínico que expões para auditórios (cada vez menores, há uma
esperança) e TV que o estudar, fazer concursos e tornar-se servidor público por
mérito e não por indicação é uma coisa inaceitável. Dura é a vida do político
que embora ladrão tem a coragem de a cada quatro anos ir para a rua pedir votos
para o seu instável emprego. Esse é o herói brasileiro. A exposição recente dos
Procuradores é uma dissertação sobre o mal, sobre a ladroeira, sobre o cadáver ainda
insepulto e formolizado de Celso Daniel, mas falta a prova e como é difícil encontra
lá. A verdade está escancarada, a sociedade tomou posição, o voto vem ai com a
expulsão dessa estrela vermelha (não a estrela linda do mar) do cenário político
administrativo do Brasil. Serão só eles os pecadores? Claro que não, mas remos
que zelar pela nossa arma, o voto. Convidar para a política pessoas de bem que
existem aos montes como podemos exemplificar no Recife, em Pernambuco e no
Brasil. Há uma virada inequívoca em relação ao conceito que prisão no Brasil
era para os três Ps: puta, preto e pobre. Não, seguramente não. Estão atrás das
grades até a morte grandes figurões antes inalcançáveis. As provas virão com a
maior certeza e justo colhidas pelos que estudaram e fizeram concurso. Estão
neles a esperança e a fé do povo Brasileiro.
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