segunda-feira, 19 de setembro de 2016

UM PEQUENINO GRÃO DE AREIA

FERNANDO AZEVEDO 

O PEDIATRIA E ARTE foi criado há cinco anos e aqui escrevo principalmente sobre esses dois temas, mas como cidadão vivendo os dias podres que estamos vivendo hoje, onde a moral e os bons costumes de nada valem sinto uma dor diária na leitura de jornais, revistas e TV que pouco assisto. Um caso real me vem à lembrança. Um conhecido meu sentindo que o casamento estava com sinais de traição da mulher armou um esquema para o flagrante. Não era bem a mulher que ele queria mais e sim a guarda do filho, antes, muito antes da guarda compartilhada atual. Com dois detetives particulares flagrou a mulher e o amante saindo motel numa documentação perfeita. Na audiência nada ficou provado. O motel poderia ter sido o restaurante que o casal escolheu para maior privacidade. Como provar que fizeram sexo? Há apenas a hipótese, mas não a prova. Perdeu ele a mulher e a criança. Na formidável marcha –rancho Estrela do mar de Paulo Soledade e Mário Pinho  também há uma dúvida cruel sobre o amor entre a estrela do céu e um pequenino grão de areia. “Se houve ou se não houve alguma coisa entre eles dois/ ninguém pode até hoje afirmar/ o que há de verdade é que depois muito depois/apareceu a estrela do mar”. O que vemos hoje é exatamente isso. Um país que teve seus cofres arrombados, a educação deteriorada com uma evasão escolar cada dia maior, uma saúde pública de dar pena e que atinge também a saúde privada cada dia mais cara e inalcançável para o bolso de muita gente, transportes péssimos e segurança zero e uma corja de ladrões capitaneados por um cínico que expões para auditórios (cada vez menores, há uma esperança) e TV que o estudar, fazer concursos e tornar-se servidor público por mérito e não por indicação é uma coisa inaceitável. Dura é a vida do político que embora ladrão tem a coragem de a cada quatro anos ir para a rua pedir votos para o seu instável emprego. Esse é o herói brasileiro. A exposição recente dos Procuradores é uma dissertação sobre o mal, sobre a ladroeira, sobre o cadáver ainda insepulto e formolizado de Celso Daniel, mas falta a prova e como é difícil encontra lá. A verdade está escancarada, a sociedade tomou posição, o voto vem ai com a expulsão dessa estrela vermelha (não a estrela linda do mar) do cenário político administrativo do Brasil. Serão só eles os pecadores? Claro que não, mas remos que zelar pela nossa arma, o voto. Convidar para a política pessoas de bem que existem aos montes como podemos exemplificar no Recife, em Pernambuco e no Brasil. Há uma virada inequívoca em relação ao conceito que prisão no Brasil era para os três Ps: puta, preto e pobre. Não, seguramente não. Estão atrás das grades até a morte grandes figurões antes inalcançáveis. As provas virão com a maior certeza e justo colhidas pelos que estudaram e fizeram concurso. Estão neles a esperança e a fé do povo Brasileiro.

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