FERNANDO AZEVEDO
SAFADÕES E SAFADEZAS
Tenho duas carteiras profissionais, a de Médico e a de Músico. Não sei de qual das duas me
orgulho mais. Da empate. Na minha atividade de Médico sou remunerado pelos que podem e
atendo gratuitamente uma porção dos que não podem. Acho o Franciscanismo uma obrigação,
mas tenho contas a pagar a não franciscanos como os supermercados, bancos, postos de
gasolina, seguro saúde etc. Como Músico também sou profissional e franciscano. Franciscano
para entidades beneficentes como o NAAC para quem produzi cinco shows no duro início
dessa entidade, contando com a colaboração de muitos colegas da música que vestiram a
camisa da beneficência.Colaborei também com o IMIP, Hospital Oswaldo Cruz, Festa da
Vitória Régia e outros. Para cantar no Festival Nacional da Seresta quero no entanto o meu
cachê já no camarim e o produtor Roberval que é o mesmo artista cantor Daniel Bueno está lá
com o cheque. Isso se chama responsabilidade e correção. Estou sabendo que o Carnaval da
Prefeitura ainda não foi pago. Estou sabendo que a Paixão de Cristo de José Pimentel ainda
não foi paga. O que é isso minha gente? Os artistas trabalharam e muito! Quando eles estão
no palco eles ensaiaram muitas vezes, desgastam-se- , corrigiram todos os erros para oferecer
ao público o melhor deles, sua arte. Uma vez me chamaram para iniciar um programa de
Serenatas em Olinda junto a Claudio Almeida. Aceitei o convite na hora e treinamos bastante
para fazer uma boa apresentação e foi muito bonita mesmo. Ao fim perguntei sobre o
pagamento. A responsável me informou que seria no dia x na secretaria y. Lá estava eu no dia
e hora marcado. Apresentei -me e pouco depois veio uma funcionária e disse-me: O senhor
volte outro dia, pois não será possível hoje. Na bucha lhe respondi. -Desse sofá eu não saio até
que me tragam o cheque, e não tenho pressa. Em poucos minutos embolsei o meu justo cachê
para dividir com Claudio. Vejo hoje no jornal mais de 100 artistas citados para fazerem shows
em diversos palcos da Prefeitura do Recife e várias do interior. PAGUEM. Os artistas
contrataram condução, pagaram refeições, estúdios para ensaio e merecem respeito.
Concordo com os cachês diferenciados. Não se pode comparar a apresentação de um
principiante com a de um artista já consagrado e conhecido nacional e internacionalmente que
afinal traz luz maior ao evento. Mas deixem de safadezas, pois eles não são safadões. O
cheque tem que estar pronto no final da apresentação. Meus caros colegas artistas, tomem
também posição, reajam e denunciem os contratantes sem medo de perder o palco do ano
seguinte. Só assim a coisa mudará.
terça-feira, 28 de junho de 2016
segunda-feira, 20 de junho de 2016
VIVA SÃO JOÃO
PEDIATRIA E ARTE
FERNANDO AZEVEDO
VIVA SÃO JOÃO
Adoro essa época junina, não sei se pela gula ou pelas recordações de toda minha infância
onde numa cidade completamente diferente, era quase que obrigatória a presença de uma
fogueira em cada casa. Nas escolas quadrilhas tradicionais, assim como nos clubes e no
Náutico estava em todas. Quadrilha tradicional e gritada em francês aportuguesada pelo
alavantu e anarriê. Os cantadores de quadrilha eram disputados e tudo era realmente
delicioso. Pamonhas, canjicas, o milho assado na fogueira ou cozinhado e não cozido como se
diz hoje. Cozido é outra coisa. Muitos deles passei em Carpina onde meu tio tinha granja. Era
Carpina a Gravatá de hoje, Da fantasia de matuto masculina o cachimbo foi abolido, mas ainda
vejo em fotos de facebook as mesmas características dos matutos da minha infância. O que
não tolero são as quadrilhas profissionais com músicas alienadas e uma “farda” em todas elas
com babados e outros adereços que nada tem de “matuto”. Também não engulo os shows de
Safadões e Aviões, pois meus ouvidos querem Luiz Gonzaga e os grandes forrozeiros de hoje
como Petrucio Amorim, Maciel Melo e um time de sanfoneiros da melhor qualidade, com o
velho triângulo e zabumba. A preservação desses costumes no meu entender tem que ser
rigorosas para que não haja a descaracterização que culmina com a extinção. Gosto do São
João porque ele é “universal” em Pernambuco, diferente do Carnaval que também sou
apaixonado, mas ele se restringe a poucas cidades do estado. Existe até Festival de Jazz há
alguns anos em pleno Carnaval, antes em Garanhuns e ano passado em Gravatá. O São João
não, é o mesmo praticamente sem variações. Tive oportunidade de conhecer um São João em
Portugal, exatamente no Porto. Lá existe uma grande festa que comparo a uma mistura de
carnaval e reveillon. Um mundo de gente na rua, sardinhas assadas aos milhares e à meia noite
“o fogo”. Meia hora de espetáculo pirotécnico da maior beleza e no céu milhares de balões.
Você pensa que está vendo um céu estrelado, mas não, são balões. Há uma prontidão de
bombeiros para acabar qualquer incêndio que possa acontecer, mas a tradição é mantida. No
Brasil estão proibidos. Acho correto, mas sinto saudade do “olha por céu meu amor/vê como
ele está lindo/olha praquele balão multicor/ que lá no céu vai sumindo.
Bom São João para todos e encham o bucho de milho e seus derivados, com o lamento do
cheiro das fogueiras, cheiro da fumaça que não existe mais.
FERNANDO AZEVEDO
VIVA SÃO JOÃO
Adoro essa época junina, não sei se pela gula ou pelas recordações de toda minha infância
onde numa cidade completamente diferente, era quase que obrigatória a presença de uma
fogueira em cada casa. Nas escolas quadrilhas tradicionais, assim como nos clubes e no
Náutico estava em todas. Quadrilha tradicional e gritada em francês aportuguesada pelo
alavantu e anarriê. Os cantadores de quadrilha eram disputados e tudo era realmente
delicioso. Pamonhas, canjicas, o milho assado na fogueira ou cozinhado e não cozido como se
diz hoje. Cozido é outra coisa. Muitos deles passei em Carpina onde meu tio tinha granja. Era
Carpina a Gravatá de hoje, Da fantasia de matuto masculina o cachimbo foi abolido, mas ainda
vejo em fotos de facebook as mesmas características dos matutos da minha infância. O que
não tolero são as quadrilhas profissionais com músicas alienadas e uma “farda” em todas elas
com babados e outros adereços que nada tem de “matuto”. Também não engulo os shows de
Safadões e Aviões, pois meus ouvidos querem Luiz Gonzaga e os grandes forrozeiros de hoje
como Petrucio Amorim, Maciel Melo e um time de sanfoneiros da melhor qualidade, com o
velho triângulo e zabumba. A preservação desses costumes no meu entender tem que ser
rigorosas para que não haja a descaracterização que culmina com a extinção. Gosto do São
João porque ele é “universal” em Pernambuco, diferente do Carnaval que também sou
apaixonado, mas ele se restringe a poucas cidades do estado. Existe até Festival de Jazz há
alguns anos em pleno Carnaval, antes em Garanhuns e ano passado em Gravatá. O São João
não, é o mesmo praticamente sem variações. Tive oportunidade de conhecer um São João em
Portugal, exatamente no Porto. Lá existe uma grande festa que comparo a uma mistura de
carnaval e reveillon. Um mundo de gente na rua, sardinhas assadas aos milhares e à meia noite
“o fogo”. Meia hora de espetáculo pirotécnico da maior beleza e no céu milhares de balões.
Você pensa que está vendo um céu estrelado, mas não, são balões. Há uma prontidão de
bombeiros para acabar qualquer incêndio que possa acontecer, mas a tradição é mantida. No
Brasil estão proibidos. Acho correto, mas sinto saudade do “olha por céu meu amor/vê como
ele está lindo/olha praquele balão multicor/ que lá no céu vai sumindo.
Bom São João para todos e encham o bucho de milho e seus derivados, com o lamento do
cheiro das fogueiras, cheiro da fumaça que não existe mais.
segunda-feira, 13 de junho de 2016
O HOMEM E OS BICHOS
FERNANDO AZEVEDO
Morreu no dia 5.6.16 JOSÉ SOARES DE AZEVEDO, nosso papagaio com mais de trinta anos. José
nasceu em Goiás e me foi presenteado por Dulcineia e Guilherme Dourado. Nessa época
morava na minha casa da qual guardei 100m2 para mim. Antes 1.500m2 de terreno onde de
tudo plantei e de tudo colhi e comi. Minhas bananeiras davam as primeiras bananas aos
sabiás. Na grama os canários da terra comiam as rações que espalhava que me lembravam das
cores brasileiras que aprendi a ver no gramado do Náutico, eu ainda criança. No mínimo cinco
pastores alemães nos faziam companhia, guardavam a casa e ensinavam aos meus filhos esse
sentimento d e compreensão que deve haver entre os homens e a natureza. Foram os
cachorros que ensinaram amor, sexo, reprodução e amamentação a todas as crianças que
viviam na nossa casa. Na minha memória vem Tupã o fox-terrier da minha infância. Casei com
uma cachorreira uma verdadeira apaixonada por bichos e assim foi nossa vida. Eu me adaptei
a apartamento, ou melhor, não tive alternativa, mas José não conseguiu. Sentia saudade da
goiabeira e dos cachorros a quem dava ordens de sua gaiola. Tinha voz humana e quando
gritava “Fernaaaannndo” eu jurava que estavam me chamando. Quando me mudei
provisoriamente até que o prédio onde foi minha casa ficasse pronto, a tristeza tonou conta
dele. Mudo, bico enfiado no peito, nada melhorava sua profunda depressão. Falei então com
meu filho Rodrigo que o levou para sua casa em Apipucos e lá ele renasceu pois o ambiente se
assemelhava pela presença de crianças , de cachorro e de plantas. Por problemas de segurança
meu filho mudou-se para um apartamento e José ficou bem pois conversava com os pedreiros
da obra vizinha. Os anos no entanto pesaram e ele nos deixou. O sentimento de luto do
homem para o bicho é muito grande. O choro convulsivo que tomou conta em nossa casa
começou em Janeiro com a perda de Pink cadela de minha filha que mora em São Paulo. Já
veio doentinha. Acho no entanto que o animal deve morrer antes do homem. Muito pior é o
bicho perder o seu dono, pois dificilmente alguém o adotará e a tristeza e o abandono levá-lo-
a ao desconsolo que é muito maior que o do homem que é uma categoria muito inferior em
sentimentos. Não temos mais idade para ter um cachorro ao lado. Ficará de herança no caso
maldita, mas é muito bom viver com eles. No “meu governo” haveria uma lei para que cada
criança recebesse um animal de estimação de presente. O mundo seria mais doce e mais dócil,
a criminalidade menor e as pessoas mais honradas.
Morreu no dia 5.6.16 JOSÉ SOARES DE AZEVEDO, nosso papagaio com mais de trinta anos. José
nasceu em Goiás e me foi presenteado por Dulcineia e Guilherme Dourado. Nessa época
morava na minha casa da qual guardei 100m2 para mim. Antes 1.500m2 de terreno onde de
tudo plantei e de tudo colhi e comi. Minhas bananeiras davam as primeiras bananas aos
sabiás. Na grama os canários da terra comiam as rações que espalhava que me lembravam das
cores brasileiras que aprendi a ver no gramado do Náutico, eu ainda criança. No mínimo cinco
pastores alemães nos faziam companhia, guardavam a casa e ensinavam aos meus filhos esse
sentimento d e compreensão que deve haver entre os homens e a natureza. Foram os
cachorros que ensinaram amor, sexo, reprodução e amamentação a todas as crianças que
viviam na nossa casa. Na minha memória vem Tupã o fox-terrier da minha infância. Casei com
uma cachorreira uma verdadeira apaixonada por bichos e assim foi nossa vida. Eu me adaptei
a apartamento, ou melhor, não tive alternativa, mas José não conseguiu. Sentia saudade da
goiabeira e dos cachorros a quem dava ordens de sua gaiola. Tinha voz humana e quando
gritava “Fernaaaannndo” eu jurava que estavam me chamando. Quando me mudei
provisoriamente até que o prédio onde foi minha casa ficasse pronto, a tristeza tonou conta
dele. Mudo, bico enfiado no peito, nada melhorava sua profunda depressão. Falei então com
meu filho Rodrigo que o levou para sua casa em Apipucos e lá ele renasceu pois o ambiente se
assemelhava pela presença de crianças , de cachorro e de plantas. Por problemas de segurança
meu filho mudou-se para um apartamento e José ficou bem pois conversava com os pedreiros
da obra vizinha. Os anos no entanto pesaram e ele nos deixou. O sentimento de luto do
homem para o bicho é muito grande. O choro convulsivo que tomou conta em nossa casa
começou em Janeiro com a perda de Pink cadela de minha filha que mora em São Paulo. Já
veio doentinha. Acho no entanto que o animal deve morrer antes do homem. Muito pior é o
bicho perder o seu dono, pois dificilmente alguém o adotará e a tristeza e o abandono levá-lo-
a ao desconsolo que é muito maior que o do homem que é uma categoria muito inferior em
sentimentos. Não temos mais idade para ter um cachorro ao lado. Ficará de herança no caso
maldita, mas é muito bom viver com eles. No “meu governo” haveria uma lei para que cada
criança recebesse um animal de estimação de presente. O mundo seria mais doce e mais dócil,
a criminalidade menor e as pessoas mais honradas.
segunda-feira, 6 de junho de 2016
CRIANÇAS ALTAS E CRIANÇAS BAIXAS
FERNANDO AZEVEDO
Se voltarmos nossos olhos para a Europa, sobretudo para os países nórdicos vamos observar
um padrão humano muito semelhante. A miscigenação por lá foi pequena. Se olharmos para o
Brasil que descoberto por Portugal país multirracial e aqui os portugueses encontraram índios
e depois trouxeram pretos da África e depois chegaram os invasores franceses, holandeses e
depois comercialmente os judeus, árabes, alemães, italianos, ingleses obrigatoriamente o país
passa a ter uma poluição genética. Se olharmos o Brasil do sul (Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul) pela forte imigração europeia o padrão é completamente diferente do Brasil do
norte até São Paulo. Se vamos a qualquer local público constatamos os biótipos e cores de
todos os tons. Na escola começam os problemas da valorização dos biótipos. Temos que ter
consciência que a maioria da população puxa para o feio e daí o destaque dos realmente mais
bonitos, isso em todas as cores. Esses vão para as passarelas, televisões, cinema etc. Trabalha-
se em Pediatria com curvas de crescimento. Essas curvas desenham os percentis por onde as
crianças vão seguindo de uma forma harmônica no peso (nem emagrecimento nem sobrepeso
ou obesidade) assim como as curvas da estatura que também devem ser sem desvios. Se há
alteração chama atenção. Da mesma forma existe a curva do perímetro cefálico que nos alerta
para parâmetros anormais como os casos de microcefalia, tema da atualidade ou
macrocefalias. Acontece que com essa mistura genética temos numa mesma família pessoas
altas e outras baixas. Meu avô materno, por exemplo, tinha 2m14 (Antonio Leonardo
Rodrigues- podem procurar no Google se digitarem RODRIGÃO) Na descendência somos todos
altos, mas ninguém chegou aos 2m de altura. Na escola o deflagrar da puberdade vai dos 9 aos
l4 anos nas meninas e nos meninos dos 11 aos 15 e ai começa a comparação, a separação de
amigos (os púberes já se consideram diferentes e não encontram mais companhia nos
impúberes) e isso traz traumas psíquicos. Ganhei o apelido de PIXOTO no Náutico e mesmo
em casa, pois só estiquei aos 15 anos. Chama-se esse fato de Retardo Puberal Constitucional.
Isso se repetiu em primos e filho. Chateia mas resolve-se com conversas ou mesmo com apoio
psicológico. O que quero atingir é a obsessão por filhos altos quando a genética não traz esse
desenho e ai vem as aplicações de hormônio do crescimento de uma forma mal conduzida,
fazendo a criança tomar injeções diárias até o fim do crescimento em torno dos 16 anos. Esse
desconforto doloroso físico e mental levará a uma altura final às vezes menor da que seria pela
evolução normal. Em certas doenças crônicas o crescimento é retardado, como nos casos de
irradiações cranianas, cardiopatias, nefropatias. Nesses casos nada adianta o uso hormonal.
Em outros vale à pena, mas com um diagnóstico preciso de falta de produção ou produção
inadequada. . O tratamento é muito caro. Pode ser feito pelo SUS se realmente um especialista
comprovar a necessidade do uso. Sinceramente eu vejo a vida pelo cérebro, pela sensibilidade
e inteligência das pessoas, a cultura que encanta e não por um palmo a mais ou a menos. Na
vida esportiva, por exemplo, os pequenos exploram certas atividades onde os grandes não
podem entrar (jóquei, piloto de formula 1, ginástica olímpica etc., assim como os baixinhos
não chegam ao basquete e no voleibol). É a vida. A inteligência, no entanto cabe em qualquer
tamanho, abre qualquer porta e o Brasil tem exemplos magníficos de pequenos grandes
homens e mulheres. O mundo também.
Se voltarmos nossos olhos para a Europa, sobretudo para os países nórdicos vamos observar
um padrão humano muito semelhante. A miscigenação por lá foi pequena. Se olharmos para o
Brasil que descoberto por Portugal país multirracial e aqui os portugueses encontraram índios
e depois trouxeram pretos da África e depois chegaram os invasores franceses, holandeses e
depois comercialmente os judeus, árabes, alemães, italianos, ingleses obrigatoriamente o país
passa a ter uma poluição genética. Se olharmos o Brasil do sul (Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul) pela forte imigração europeia o padrão é completamente diferente do Brasil do
norte até São Paulo. Se vamos a qualquer local público constatamos os biótipos e cores de
todos os tons. Na escola começam os problemas da valorização dos biótipos. Temos que ter
consciência que a maioria da população puxa para o feio e daí o destaque dos realmente mais
bonitos, isso em todas as cores. Esses vão para as passarelas, televisões, cinema etc. Trabalha-
se em Pediatria com curvas de crescimento. Essas curvas desenham os percentis por onde as
crianças vão seguindo de uma forma harmônica no peso (nem emagrecimento nem sobrepeso
ou obesidade) assim como as curvas da estatura que também devem ser sem desvios. Se há
alteração chama atenção. Da mesma forma existe a curva do perímetro cefálico que nos alerta
para parâmetros anormais como os casos de microcefalia, tema da atualidade ou
macrocefalias. Acontece que com essa mistura genética temos numa mesma família pessoas
altas e outras baixas. Meu avô materno, por exemplo, tinha 2m14 (Antonio Leonardo
Rodrigues- podem procurar no Google se digitarem RODRIGÃO) Na descendência somos todos
altos, mas ninguém chegou aos 2m de altura. Na escola o deflagrar da puberdade vai dos 9 aos
l4 anos nas meninas e nos meninos dos 11 aos 15 e ai começa a comparação, a separação de
amigos (os púberes já se consideram diferentes e não encontram mais companhia nos
impúberes) e isso traz traumas psíquicos. Ganhei o apelido de PIXOTO no Náutico e mesmo
em casa, pois só estiquei aos 15 anos. Chama-se esse fato de Retardo Puberal Constitucional.
Isso se repetiu em primos e filho. Chateia mas resolve-se com conversas ou mesmo com apoio
psicológico. O que quero atingir é a obsessão por filhos altos quando a genética não traz esse
desenho e ai vem as aplicações de hormônio do crescimento de uma forma mal conduzida,
fazendo a criança tomar injeções diárias até o fim do crescimento em torno dos 16 anos. Esse
desconforto doloroso físico e mental levará a uma altura final às vezes menor da que seria pela
evolução normal. Em certas doenças crônicas o crescimento é retardado, como nos casos de
irradiações cranianas, cardiopatias, nefropatias. Nesses casos nada adianta o uso hormonal.
Em outros vale à pena, mas com um diagnóstico preciso de falta de produção ou produção
inadequada. . O tratamento é muito caro. Pode ser feito pelo SUS se realmente um especialista
comprovar a necessidade do uso. Sinceramente eu vejo a vida pelo cérebro, pela sensibilidade
e inteligência das pessoas, a cultura que encanta e não por um palmo a mais ou a menos. Na
vida esportiva, por exemplo, os pequenos exploram certas atividades onde os grandes não
podem entrar (jóquei, piloto de formula 1, ginástica olímpica etc., assim como os baixinhos
não chegam ao basquete e no voleibol). É a vida. A inteligência, no entanto cabe em qualquer
tamanho, abre qualquer porta e o Brasil tem exemplos magníficos de pequenos grandes
homens e mulheres. O mundo também.
quinta-feira, 2 de junho de 2016
CONSIDERAÇÕES SOBRE VACINAS (3) – VARICELA OU CATAPORA.
FERNANDO AZEVEDO
Na minha infância não havia vacina para quase nenhuma doença. BCG oral para Tuberculose
vacina contra Varíola eram as principais. As outras doenças adoeciam-se. O terrível Sarampo
era uma DOENÇA OBRIGATÓRIA, pois ninguém escapava dela e muitas complicações e mortes
interrompiam a vida com a criança ainda pequena. Ainda me lembro do meu Sarampo, pois
tive uma complicação com pneumonia e uma conjuntivite purulenta terrível e fui salvo pelo
fato de meu pai ser Capitão Médico do Exército na época da Segunda Guerra Mundial e
conseguir com os americanos no Ibura onde trabalhava a bendita penicilina que tomava em
injeções de 3/3 horas. Chorávamos eu, minha mãe e minha tia. Oito injeções por dia por uma
semana (?) ninguém esquece. Argirol nos olhos de 3/33 horas, que tal? Mas estou aqui. A
Varicela ou Catapora alguns tinham e outros não, portanto não era OBRIGATORIA. Meu irmão
teve e a recomendação era esfregar a pele do doente na pele do sadio para ter também. Era
considerada uma “doença besta”. Os tempos mudaram. Hoje se recomenda a vacina contra
Varicela aos 12 meses. O Ministério da Saúde do Brasil recomenda só essa dose. As sociedades
de imunização recomendam duas doses fazendo a primeira aos doze meses e a segunda aos
15. (antes entre 4 e 6 anos). Acontece que uma dose da uma proteção boa, mas é comum na
adolescência essa imunidade cair e o jovem ser acometido de Catapora. Na infância ela é mais
suava embora não deixe de ser incômoda e em populações de baixo nível de higiene as lesões
tornam-se feridas infectadas que podem ser acompanhadas de graves complicações. Jogo no
time das duas vacinas.
Como comentei no blog passado consegui através de duas clientes e amigas o calendário
vacinal da Inglaterra e da França. Na Inglaterra ele é aplicado em grupos especiais como
cuidadores de saúde, mulheres que pretendem engravidar e pacientes com doenças de base
de longa duração.
Na França ”Lá vaccination generaliséecontre la varicelle ds enfants à partir de l’âge de 12 mois
n’est pás recommendèe dans une perspective de santé publique”. Ela é recomendada nos
adolescentes de 12 a 18 ano9s sem antecedentes clínicos de Varicela, em adolescentes
meninas em idade de procriação, em pessoas sem antecedentes de Varicela e que cuidem de
imunodeprimidos e mulheres que pretendem engravidar, dando-se um prazo de meses
(geralmente 3 meses) após a vacinação. Pessoas que lidem com crianças de creche, serviços
médicos de Pediatria, Ginecologia. nefrologia, doenças infecciosas. Neonatologia. Fazem-se
antes testes sorológicos para se detectar se a pessoa já teve a doença de forma aparente ou
inaparente.
Na infância o “esfrega - esfrega “continua.
vacina contra Varíola eram as principais. As outras doenças adoeciam-se. O terrível Sarampo
era uma DOENÇA OBRIGATÓRIA, pois ninguém escapava dela e muitas complicações e mortes
interrompiam a vida com a criança ainda pequena. Ainda me lembro do meu Sarampo, pois
tive uma complicação com pneumonia e uma conjuntivite purulenta terrível e fui salvo pelo
fato de meu pai ser Capitão Médico do Exército na época da Segunda Guerra Mundial e
conseguir com os americanos no Ibura onde trabalhava a bendita penicilina que tomava em
injeções de 3/3 horas. Chorávamos eu, minha mãe e minha tia. Oito injeções por dia por uma
semana (?) ninguém esquece. Argirol nos olhos de 3/33 horas, que tal? Mas estou aqui. A
Varicela ou Catapora alguns tinham e outros não, portanto não era OBRIGATORIA. Meu irmão
teve e a recomendação era esfregar a pele do doente na pele do sadio para ter também. Era
considerada uma “doença besta”. Os tempos mudaram. Hoje se recomenda a vacina contra
Varicela aos 12 meses. O Ministério da Saúde do Brasil recomenda só essa dose. As sociedades
de imunização recomendam duas doses fazendo a primeira aos doze meses e a segunda aos
15. (antes entre 4 e 6 anos). Acontece que uma dose da uma proteção boa, mas é comum na
adolescência essa imunidade cair e o jovem ser acometido de Catapora. Na infância ela é mais
suava embora não deixe de ser incômoda e em populações de baixo nível de higiene as lesões
tornam-se feridas infectadas que podem ser acompanhadas de graves complicações. Jogo no
time das duas vacinas.
Como comentei no blog passado consegui através de duas clientes e amigas o calendário
vacinal da Inglaterra e da França. Na Inglaterra ele é aplicado em grupos especiais como
cuidadores de saúde, mulheres que pretendem engravidar e pacientes com doenças de base
de longa duração.
Na França ”Lá vaccination generaliséecontre la varicelle ds enfants à partir de l’âge de 12 mois
n’est pás recommendèe dans une perspective de santé publique”. Ela é recomendada nos
adolescentes de 12 a 18 ano9s sem antecedentes clínicos de Varicela, em adolescentes
meninas em idade de procriação, em pessoas sem antecedentes de Varicela e que cuidem de
imunodeprimidos e mulheres que pretendem engravidar, dando-se um prazo de meses
(geralmente 3 meses) após a vacinação. Pessoas que lidem com crianças de creche, serviços
médicos de Pediatria, Ginecologia. nefrologia, doenças infecciosas. Neonatologia. Fazem-se
antes testes sorológicos para se detectar se a pessoa já teve a doença de forma aparente ou
inaparente.
Na infância o “esfrega - esfrega “continua.
Assinar:
Postagens (Atom)