Acho que já fazem três anos que mudei minha rotina de vida. Dirigir um
carro por 6 km que é a
distância entre minha casa e o consultório em mais de uma hora me fez
repensar e arriscar.
Comecei a primeira consulta as 6.30 e chego para abrir o consultório
às 6h. Nesse horário se
não tiver sinal fechado em sete minutos já estou lá. Dou uma esticada
até meio dia e mais
muitas vezes e volto para casa para ouvir minhas músicas, ler meus livros,
estudar medicina
(não se pode parar nunca) depois de um almoço caprichado e uma soneca
de meia hora. Antes
fazia dois expedientes e almoçava na Fazendinha na Rua das Graças e
graças a essa amizade
com Brandão e Vital ela é hoje o palco para a Orquestra de Médicos uma
vez por mês em um
sábado a escolher das 16 as 19 horas.
Para fazer isso minha rotina é acordar as 3.30h, me
esticar todo com Pilates, tomar café as 4h, ler os jornais e sair
rodando com as ruas vazias. Elas
são minhas nessa hora. Deu certo e por incrível que pareça o horário
das 6.30h é
disputadíssimo. Esses são os que me vêm. E os que me viam? Desde rapaz
adorava a noite,
chegar a casa as sete da matina depois de cantorias e violões, abrir a
porta do bar e cegar pelo
sol da Rua da Aurora onde estava o barzinho Capibaribe. Tomar café no
Mercado de São José,
uma bela papa em companhia das mariposas da noite. O pai severo
capitulou. Ganhei essa
briga nos últimos rounds pelas notas que tirava na Faculdade, mas de
sexta a domingo a
pisada era essa. Com o casamento continuava notívago e minha casa
sempre foi uma festa
com hora para começar e sem hora para acabar, sendo a sub-sede do Galo
da Madrugada e de
todos os músicos que conhecia. Três casamentos, bodas de prata,
réveillons, festas juninas,
batizados, tinha de tudo.
Envelheci? Não e sim. A cabeça continua com 18 anos, mas me dê uma
cama às nove horas e
me desculpe a ausência em casamentos noturnos e outras do gênero. Tudo
tem que ser de
dia, e aí eu topo.
Feliz 2016 para todos vocês. Vi tudo hoje (1.1.2016) pelos jornais e
TV. Foi uma beleza, mas
meus sonhos foram melhores.
Nós somos vários numa vida só. Mas a essência é uma sempre!
ResponderExcluirFeliz 2016, doutor! Grande abraço!