FERNANDO AZEVEDO
Já ouviram falar em ORTOREXIA? Pois vamos a ela. É a mania quase
obsessiva de comer
alimentos saudáveis, para entrar no templo que é seu corpo somente as coisas puras e quase
sagradas. Não a glúten nem pensar em frituras ou gorduras, leite só sem lactose, nada
processado, nem pensar na possibilidade de algum alimento com agrotóxicos. A coisa vai
ficando patológica e se uma criança é criada num ambiente onde tudo é fiscalizado e fazem
sua cabeça, ela tende a alterações do psiquismo ao manter essa linha ou comem escondido
para conhecerem coisas gostosas da vida como um bolo de rolo tão pernambucano. Sou
assumidamente suburbano e provinciano. Adoro a feira de Casa Amarela e quem quiser me
encontrar por lá vá aos sábados às 6h. Lá compro meu milho, a macaxeira e a batata doce, os
abacaxis o mamão e o melão, o coco ralado na hora para uma tapioca e revejo os donos das
barracas que conheço há anos. Depois no Grandão dos Queijos, compro a castanha, bolo de
rolo, o queijo do sertão e de coalho pra comer minha cartola. Na Praça de Casa Forte estão os
que comem os orgânicos. Não tem nada bonito, é tudo mirrado. Os tempos de hoje me
lembram do tempo da mania por macrobiótica. Tive amigos que entraram nessa e endoidaram
porque não mais iam a restaurantes, pois lá nada prestava. Ta certo não se comer os Mac da
vida com suas batatas fritas rotineiramente, mas eventualmente não faz mal. Incutir bons
hábitos de higiene e a alimentação é um deles deve ser praticado, mas a constante
preocupação com isso tira o prazer de viver e retira de circulação o doce japonês do Atacado
dos Presentes, o cuscuz do tabuleiro e já desapareceram os roletes e os pirulitos. A vida não é
chata porem pode tornar-se chata. To fora. Viva o queijo do reino indispensável no nosso
Natal.
alimentos saudáveis, para entrar no templo que é seu corpo somente as coisas puras e quase
sagradas. Não a glúten nem pensar em frituras ou gorduras, leite só sem lactose, nada
processado, nem pensar na possibilidade de algum alimento com agrotóxicos. A coisa vai
ficando patológica e se uma criança é criada num ambiente onde tudo é fiscalizado e fazem
sua cabeça, ela tende a alterações do psiquismo ao manter essa linha ou comem escondido
para conhecerem coisas gostosas da vida como um bolo de rolo tão pernambucano. Sou
assumidamente suburbano e provinciano. Adoro a feira de Casa Amarela e quem quiser me
encontrar por lá vá aos sábados às 6h. Lá compro meu milho, a macaxeira e a batata doce, os
abacaxis o mamão e o melão, o coco ralado na hora para uma tapioca e revejo os donos das
barracas que conheço há anos. Depois no Grandão dos Queijos, compro a castanha, bolo de
rolo, o queijo do sertão e de coalho pra comer minha cartola. Na Praça de Casa Forte estão os
que comem os orgânicos. Não tem nada bonito, é tudo mirrado. Os tempos de hoje me
lembram do tempo da mania por macrobiótica. Tive amigos que entraram nessa e endoidaram
porque não mais iam a restaurantes, pois lá nada prestava. Ta certo não se comer os Mac da
vida com suas batatas fritas rotineiramente, mas eventualmente não faz mal. Incutir bons
hábitos de higiene e a alimentação é um deles deve ser praticado, mas a constante
preocupação com isso tira o prazer de viver e retira de circulação o doce japonês do Atacado
dos Presentes, o cuscuz do tabuleiro e já desapareceram os roletes e os pirulitos. A vida não é
chata porem pode tornar-se chata. To fora. Viva o queijo do reino indispensável no nosso
Natal.
Muito bom!!!!
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