segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

HIPÓCRATES E SEUS CASTIGOS

FERNANDO AZEVEDO

Prometo que, ao exercer a arte de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos
preceitos da honestidade, da caridade e da ciência.
Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua
calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de
honra.
Nunca me servirei da minha profissão para corromper os costumes ou
favorecer o crime.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu para sempre a minha
vida e a minha arte com boa reputação entre os homens; se o infringir ou
dele afastar-me, suceda-me o contrário. (Hipocrates 460 aC)
Esse foi o nosso juramento na solenidade de formatura no Teatro de Santa Isabel no dia 6 de
Dezembro de 1964. Esse é o compromisso que todos os médicos brasileiros têm consigo
próprio e com a sociedade, pois a profissão é um sacerdócio, um se dar continuamente não
significando esse sacerdócio pobreza, mas uma vida digna que lhe permita um constante
contato com a modernização e avanços da profissão. A Medicina não combina com o ser
milionário ou bilionário como é o panorama da desonestidade atual. Um lamentável caso veio
à tona ontem, 9.12.2015. Um médico político PETISTA, subordinado a um  médico SENADOR
PETISTA que indica para a HEMOBRAS um presidente “de sua confiança” joga fora o sangue de
doadores que se deslocaram altruisticamente para postos de coletas para ajudar a salvar seus
irmãos necessitados de fatores sanguíneos importantes para o controle de sua Hemofilia.
Bolsas de plasma perdidas. Criminosos! Dinheiro jogado pelos ares de um apartamento  e
grandes artistas com suas telas premiadas e disputadas por museus convivendo
dolorosamente com esses ratos. Vemos a toda hora um Brasil enlameado desde que essa
quadrilha do PT assumiu o poder enganando o povo brasileiro. Os idealistas e intelectuais
abandonaram esse barco de ladrões e hoje são autores do requerimento de impeachment da
presidente mais desqualificada da história brasileira. Não basta Hipócrates para desejar o
suceda-me o contrário a esses delinquentes. Orgulho-me de pertencer à  classe médica. Faria
tudo outra vez e serei médico enquanto for vivo, mas os órgãos fiscalizadores da profissão que
sei que estão entregue a colegas da maior dignidade têm que vir a público posicionar-se. É
uma vergonha o que estamos assistindo. Médicos presos, médicos a serem presos e uma
geração a se formar com o idealismo dessa bela profissão sendo talvez já atingido por pessoas
nefastas e ambiciosas. Mas Hipócrates é cruel com quem não cumpre a palavra. Acreditem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário