segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A SÍNDROME DO DISMORFISMO CORPORAL

FERNANDO AZEVEDO

Os modelos de beleza que são impostos à sociedade complicam a vida de muita gente, sobretudo a dos adolescentes. É nessa idade que mais existe essa “doença” em pessoas absolutamente saudáveis e bonitas. Aliás, o que é ser bonito(a)? . Em criança ninguém coloque rótulos, pois todas as crianças, rigorosamente todas, são bonitas. É a continuação das nossas vidas, são alegria, graça, leveza, surpresa e todos os possíveis adjetivos elogiosos. Na adolescência vêm grandes transformações corpóreas e começa a valorização desses itens que são variáveis dependendo de épocas. Antigamente não se encontra nas grandes telas de pintores, o biótipo requerido hoje, assim como amanhã terá novas mudanças de padrões. Ser alto ou baixo pouco importa assim como a magreza ou os quilinhos a mais (não sendo exagerado por problemas de saúde) também não é problema. O cérebro sim, esse tem que ser trabalhado para superar essas besteiras estéticas. Desenvolvo esse tema porque é na adolescência ou no adulto jovem que o dismorfismo corporal se acentua e a pessoa não se satisfaz com seus lábios, seu queixo, seus seios, nariz, bumbum e passa a procurar os consultórios de cirurgia plástica para as devidas correções que dificilmente trazem contentamento final e oferecem os riscos que vemos com mortes prematuras por acidentes cirúrgicos e complicações infecciosas. A cirurgia plástica é realmente fantástica, sobretudo a reparadora, mas há sem dúvida um exagero para contentar um jovem ou uma jovem que tem seu psiquismo alterado, mas não seu corpo. É necessário muito critério para autorizar um ato cirúrgico com essa finalidade. Na idade adulta e puxando para a terceira idade é que é cruel a tentativa de rejuvenescimento e isso a gente observa no meio artístico, sobretudo. Envelhecer é bonito, é uma dádiva e muitos melhoram muito com a idade, ficam mais charmosos(as). Vivemos com a cabeça, essa é a parte bonita do nosso corpo.

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