segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

OS SUPERDOTADOS



FERNANDO AZEVEDO

Como referi no último blog, não estou desatento ao diagnóstico de TDAH, só não aceito diagnósticos em meia hora de observação para logo indicar medicação. A criança tem que ser bem estudada na família, na escola, ser analisada em diversas ocasiões para então se firmar a conclusão.  Vejam esse interessante artigo de Gilberto Dimenstein.
“Ha um esforço entre especialistas de desmistificar o superdotado, que se associa a figura de gênio, desses que tocam piano excepcionalmente bem aos cinco anos de idade ou resolvem precocemente equações matemáticas. O conceito mais apropriado é o de alta habilidade. São estudantes com habilidade acima da média em artes, matemática, ciência, liderança, esportes ou português. Valorizam-se assim as mais diferentes habilidades porque, na verdade, existem diversos tipos de inteligência.
Existem aqui vários problemas pela falta de conhecimento de altas habilidades. O maior deles é com a escola, especialmente as públicas que não sabem identificar os superdotados. Nem tem meio como ajudá-los. Como muitas vezes os altamente habilidosos não suportam a rotina escolar eles são desprezados e punidos. E não raro tratados com antidepressivos. E como superdotados, são hiperativos ou tem distúrbio de atenção Por causa da péssima educação pública nosso maior desperdício é o de talentos em geral. Isso se torna ainda mais grave diante dessa multidão de indivíduos que nasceram com altíssima propensão ao talento, o que se a estatística está correta estão falando em 10 milhões de estudantes. Jogamos fora o que temos de melhor e não raro alguns deles são recrutados pelo que existe de pior”
Fiquem atentos.

2 comentários:

  1. Dr. Fernando, que grata surpresa lhe encontrar em um blog tão informativo e de agradável leitura! Sou a mãe de Arthur, seu paciente de apenas seis meses, e já me preocupa muito esse excesso de diagnósticos de TDAH e a medicalização infantil.
    Um grande abraço.

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