FERNANDO AZEVEDO
Como referi no último blog, não estou desatento ao diagnóstico de TDAH, só não aceito diagnósticos em meia hora de observação para logo indicar medicação. A criança tem que ser bem estudada na família, na escola, ser analisada em diversas ocasiões para então se firmar a conclusão. Vejam esse interessante artigo de Gilberto Dimenstein.
“Ha um esforço entre especialistas de desmistificar o superdotado, que se associa a figura de gênio, desses que tocam piano excepcionalmente bem aos cinco anos de idade ou resolvem precocemente equações matemáticas. O conceito mais apropriado é o de alta habilidade. São estudantes com habilidade acima da média em artes, matemática, ciência, liderança, esportes ou português. Valorizam-se assim as mais diferentes habilidades porque, na verdade, existem diversos tipos de inteligência.
Existem aqui vários problemas pela falta de conhecimento de altas habilidades. O maior deles é com a escola, especialmente as públicas que não sabem identificar os superdotados. Nem tem meio como ajudá-los. Como muitas vezes os altamente habilidosos não suportam a rotina escolar eles são desprezados e punidos. E não raro tratados com antidepressivos. E como superdotados, são hiperativos ou tem distúrbio de atenção Por causa da péssima educação pública nosso maior desperdício é o de talentos em geral. Isso se torna ainda mais grave diante dessa multidão de indivíduos que nasceram com altíssima propensão ao talento, o que se a estatística está correta estão falando em 10 milhões de estudantes. Jogamos fora o que temos de melhor e não raro alguns deles são recrutados pelo que existe de pior”
Fiquem atentos.
Excelente.
ResponderExcluirDr. Fernando, que grata surpresa lhe encontrar em um blog tão informativo e de agradável leitura! Sou a mãe de Arthur, seu paciente de apenas seis meses, e já me preocupa muito esse excesso de diagnósticos de TDAH e a medicalização infantil.
ResponderExcluirUm grande abraço.