FERNANDO AZEVEDO
Como já escrevi aqui no blog, minha babá Zefa ainda existe
com seus 92 anos e lúcida. Quando a visito ( e vivo pedindo perdão por não
fazer muitas vezes) damos gargalhadas lembrando os fatos da nossa convivência,
as molecagens que fazíamos nós crianças com a permissão e conivência dela. Na
adolescência falava em inglês com ela e ela respondia tudo em português. Era
engraçadíssimo. As Zefas acabaram. As babás são da pior qualidade e quando
existem as boas, que ainda existem, criam vínculos tão fortes da criança com
elas que causam ciúmes na mãe e que a demite, trazendo um problemão para a
cabecinha dos pequenos. O sentimento de perda é enorme. Cada babá demitida é
uma readaptação a ser encarada e agora surge a figura da folguista que é como
jogador de futebol que entra faltando 1 minuto para o fim do jogo. Nenhuma
responsabilidade com o resultado. Elas trabalham justo nos sábados ou domingos
que é quando os pais tem que assumir pra valer. Essa história do “o que vale é
a qualidade do tempo dedicado” é mentira, conversa para enganar besta. O que
vale é a quantidade e lógico associada à qualidade. Atendi hoje (15.5.12) uma
criança sem a mãe (o que é raríssimo diga-se) e só com a babá.
-O que é que há com João
-Diarreia.
Quantas vezes ele fez cocô?
- Na minha mão só uma.
E na mão dos outros, quem são os outros que eu não sei.
Não dá pra ter filho sem assumir e hoje a quantidade de
métodos anticoncepcionais são muitos e gratuito. Não da pra fazer criança e
deixar na mão de ninguém.
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