FERNANDO AZEVEDO
A burrice de não querer ver a
importância para uma nação da EDUCAÇÃO INFANTIL é a causa dessas tragédias que
assombram o mundo e joga nosso conceito de país no fundo do poço de onde é difícil
sair. A marginalidade aumenta a cada dia e pessoas são jogadas em prisões que as
aperfeiçoam no mal. Um amontoado de seres humanos já desumanizados e que a cada
dia se brutalizam mais pelo ócio nas cadeias onde nada fazem e nada aprendem
para pelo menos gastar um tempo exercendo habilidades que possam ter.
Investimento em prisões é rasgar o nosso parco dinheiro. Em Pernambuco duas
parcerias público-privadas revelaram as maracutaias e o desperdício e vai
ficando assim, e o pensamento parece que não muda em todo o país. Claro que o
sistema prisional existe no mundo todo, mas quantas celas vazias estão à
disposição e não encontram ocupantes nas nações de “primeiro mundo”? Em relação
à EDUCAÇÃO qual o estímulo hoje para sensibilizar um jovem a ser professor. Não
falo de salário que lógico que tem que ser atraente, mas as condições de
trabalho não convidam e as crianças também não se interessam em frequenta-las
pela falta de estímulo envolvendo a tríade família-professor-aluno. Os estudos
provam que um cidadão é formado aos seis anos de idade. A intensidade do bem
estar, alegria, amor, alimentação, saúde, deve ser riquíssima nesse curto
espaço de vida. Formando esse alicerce o edifício cresce seguro. O que vemos é o
total descaso e a ignorância que vai sendo acumulada para ser depois compensada
com “cotas” para que atinjam a universidade. Demagogia pura e burrice de dar dó,
pois os empregadores sejam públicos através de concursos ou privados se
interessam pelos competentes e não incorporam esses doutores nos seus quadros.
Não canso de citar o exemplo das crianças do Coque onde uma ciranda de mãos
dadas e apertadas formada por juízes, músicos e Exército com seu quartel entregou
ao mundo uma juventude limpa e profissionalizada. A falta de planejamento
familiar nas populações pobres e promíscuas joga em cada bairro crianças sem
afeto e sem horizontes. Vamos então prender mais gente, mas que se prendam com
mais intensidade os responsáveis por esse horror chamado crime organizado que
vai das mais baixas categorias intelectuais às mais altas e ai está a Lava Jato
como exemplo. Podem argumentar: mas esses não receberam boa educação? Respondo
seguramente que não. Não se educa com dinheiro e sim com exemplos e pequenas
punições ao erro e desvio de conduta. Não sendo assim não se constrói uma
sociedade.
Ótimo texto Dr. Fernando (pra variar - kkk). Devemos pensar sempre no ambiente macro, sem reduzir as causas e o debate das soluções. Parabéns!
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