FERNANDO AZEVEDO
No ano de 1950 nascia na familia TOGAVIRIDAE mais um ilustre membro. O vírus CHIKUNGUNYA. Nasceu o bichinho na Tanzânia e seu nome no dialeto local significa “aqueles que se dobram” porque as pessoas acometidas da doença sentem muitas dores nas articulações, sobretudo nos membros inferiores e andam encurvados e com dificuldade. Esse vírus é primo legítimo do vírus da Dengue e transmitido pelo mesmo mosquito, o Aedes Aegypti. No ano 2000 ele foi identificado no Brasil. Hoje a quantidade de viagens internacionais faz com que as doenças se espalhem rapidamente pelo globo e quando encontram condições adequadas provocam epidemias. Quando estudei na Faculdade, Doenças Infecciosas o Dengue não tinha nenhuma relevância e hoje estamos com um problema insolúvel a não ser que a vacina nos salve, porque o clima tropical, a má educação ambiental cada dia mais favorece sua disseminação. O vírus Chikungunya provoca sintomas semelhantes, com erupção cutânea, dores pelo corpo, sobretudo articulares e é uma doença menos grave embora prolongada. O Dengue é uma doença mais grave e mortal e seu curso mais rápido. Chamada também Break bones disease (doença quebra ossos) pelas dores que provoca no corpo tem a dor de cabeça, a dor nos olhos e as manchas no corpo como principais sintomas, manchas que provocam coceira na pele. Os casos graves são provocados por alterações na distribuição dos líquidos do corpo, hemorragias etc. Merece maior vigilância na evolução.
Quando Chikungunya chegou ao Brasil trocaram seu nome nos jornais para Chicogunha e agora uma pessoa me perguntou se já tinha visto alguma vez Chico Cunha. Não, ainda não tive esse prazer, mas estou de olho no Chikungunya que a qualquer momento vai me ser apresentado.
É importante em qualquer suspeita informar à Vigilância Sanitária a presença desse indivíduo por aqui. Fiquemos atentos.