segunda-feira, 12 de maio de 2014

JOÃO PESSOA


FERNANDO AZEVEDO

Na minha mocidade fui muitas vezes a João Pessoa na nossa Paraíba. Jogava basquete e fazíamos repetidos jogos do Náutico e seleções pernambucanas contra o Cabo Branco e Astréa, clubes que saíram de cena. Como esses encontros eram ótimos, deixando o basquete de lado, fazíamos incursões saindo do Recife no sábado em lotação (hoje VAN) que partia do cais de Santa Rita e passávamos a noite pelos bares até o amanhecer. Um banho de mar em Tambaú nos reconfortava da ressaca e pegávamos a lotação da volta. A estrada para a Paraíba ainda era de barro. Meu primo Augusto Rodrigues foi de lambreta com um grupo dos Falcões Negros que ele chefiava. Conto mais ou menos uns trinta anos que não botava os pés por lá. Mês passado fomos com a Orquestra de Médicos do Recife para uma apresentação num evento da classe. Foi só trabalho, mas deu para ver uma cidade adorável que fiz questão de voltar e aproveitei esse feriadão do primeiro de Maio. Aí o queixo caiu de vez. Vi uma cidade educada. O pedestre não precisa de sinal para atravessar uma rua. Basta por os pés na faixa que os carros param. As ruas são impecavelmente limpas, as calçadas são largas e planas e o trânsito extremamente confortável. Praias muito bem cuidadas. Não tem pedinte te aporrinhando e os flanelinhas raramente vistos. Não tem carro de polícia circulando nem ambulância do SAMU querendo passar. Veem-se guardas municipais em feirinhas de artesanato etc. Turismo intenso brasileiro e estrangeiro. Restaurantes excelentes, comida farta e com preços bons. Taxista que contratei para me levar de volta à João Pessoa da minha juventude me levou ao Centro histórico e mostrou a lagoa do meu passado boêmio em obras para ser novamente um ponto importante da cidade. No cartão que me deu estava lá: em João Pessoa não se explora o turista e sim o turismo. Em Cabo Branco os museus de Niemayer num centro cultura super bem cuidado e com estacionamento enorme. Não é o terrível Dona Lindu que em qualquer evento bagunça tudo.
Parabéns João Pessoa, exemplo para o Brasil, só 120 km nos separam e essa paixão mesmo à distância não vai acabar. Em breve nos veremos.

Um comentário:

  1. Dr Fernando, ano passado fui para Olinda no carnaval e depois fui passar uns dias na Paraíba.
    Voltei do Nordeste decepcionada com Recife e encantada com João Pessoa!
    Ruas realmente limpas, comércio organizado, praias gostosas, pessoas preparadas para receber o turista, trânsito em ordem e sem as terríveis buzinas que tanto ouvimos em Recife.
    Fiquei encantada com o lugar!
    Bjos,
    Renata Gondim

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