Leilão era uma delícia e a Rua da Conceição na Boa Vista era o
paraíso dos leilões. Objetos, móveis, uma série interminável de itens
eram expostos para o bater do martelo do leiloeiro. Conheci muito o
LEILÃO MAIA, pois era Seu Maia, sogro do meu irmão. Foi sucedido pelos
filhos Paulo e Manoel. Às vezes o leiloeiro ia a residências e ali
vendia todo o mobiliário, roupas, tudo enfim. Essas eram casas muitas
vezes de estrangeiros que voltavam aos seus países ou em caso de
mudanças do dono para outro estado etc. Preços ótimos, verdadeiras
pechinchas. Na minha sala de espera do consultório onde tenho uma série
de quinquilharias, todas foram adquiridas em leilões. Uma coisa eu, no
entanto nunca tinha visto: LEILÃO DE CABAÇO. É verdade! Uma moça de
família nobre chamada Catarina Migliorini do sul do Brasil, virgem, (é
exigido o atestado médico) vai dar a xoxota a um japonês que deu o maior
lance no leilão internacional: R$1.500,00. O ato sublime será a bordo
de um avião, não sendo permitido beijo na boca e será obrigatório o uso
de camisinha, sendo também proibido pelo regulamento qualquer inspiração
no livro OS VÁRIOS TONS DE CINZA. Parece que não haverá fiscal na
cabine do avião. Dizem as más línguas que japona não é bem dotado e com
todo esse regulamento e exigências, turbulências aéreas etc. é capaz da
loura ítalo/brasileira não sentir nem cosquinha. Lembro-me de uma
anedota quando perguntaram a uma onça: “Onça, qual é o seu maior
desejo”? E ela: “Vestir um casaco de pele de puta”. Vai Catarina
satisfaz a bichinha, já que você não sabe o que vai fazer com o
dinheiro. Doação de órgãos hoje é um gesto da maior grandeza e sua pele
deve ser linda. Seu cabaço, no entanto é uma coisa sem importância e
deveria ter sido entregue na idade que julgasse melhor a um namorado
enamorado, apaixonado, que beijasse todo seu corpo numa prova de intensa
devoção deixando as marcas de amor nos seus lençóis.
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