segunda-feira, 9 de julho de 2012

A VANTAGEM DA FIMOSE


FERNANDO AZEVEDO

Começamos a vida levando vantagem quando somos meninos.  Na época das fraldas com a uretra mais longa e protegida pela fimose a possibilidade de infecções urinárias é menor pela cobertura da pele. As meninas ficam mais vulneráveis. O meato da uretra é exposto. Aí vem a questão da higiene, de “fazer exercícios” para reduzir a fimose e coisas do tempo do ronca que não se faz mais. Cirurgia de fimose só por religião, como nos judeus. Normalmente com o crescimento do pênis em ritmo maior que o da pele, sobretudo na adolescência a cirurgia é desnecessária. Lógico que existem sempre as exceções. Menino às vezes tem infecções no prepúcio que são dolorosas e após tratarmos a infecção muitas vezes é indicada a cirurgia. Algumas vezes a abertura do prepúcio é muito estreita e não permite expor a glande e vai por aí. Hoje em dia temos pomadas que usadas diariamente por certo tempo, descolam completamente a pele da glande, desfazendo a aderência, e permitindo a exposição completa. Devemos fazer isso quando a criança já largou as fraldas e está na fase da cueca. Por que operar crianças, expor a riscos, dor, se pode resolver de outra forma. Câncer de pênis? Nem pensar. A doença existe em outras situações de falta de higiene e promiscuidade sexual.  Vou acompanhando e esperando com calma a resolução. Se na adolescência ainda existir alguma aderência lembro sempre do poema de Carlos Pena Filho RETRATO BREVE DO ADOLESCENTE:
Um dia a chuva imprevista /Que às vezes sai do verão/Dormiu sobre seu telhado/ Mostrou-lhe a imaginação/Tempo em que foi visitado/ Seu humilde coração/ Por Isa, Rosa e uma vaga Maria da Conceição/ E aquele mais do que nunca/ Herói do sonhar em vão/ Foi dormir com todas elas/ Nas curvas da própria mão.
Está assim feita a cirurgia.

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