segunda-feira, 20 de junho de 2011

A MUSICALIDADE NA CRIANÇA


A MUSICALIDADE NA CRIANÇA

FERNANDO AZEVEDO

Tenho um querido amigo pianista, amizade de mais de 60 anos e que toca no Plaza shopping diariamente à tarde. Vou la toda quarta feira para conversarmos e ouvir o que eu considero um dos mais importantes pianistas do Brasil. Ninguém tem um repertório igual. Ele sabe tudo. Muito bem, fico apreciando o passar das pessoas com crianças e algumas param os pais e ficam grudadas escutando a música e sem querer ir embora. Ali está um músico. Geralmente chamo os pais e converso sobre o assunto com eles estimulando-os a observar e orientar a criança para conforme a idade serem iniciadas no estudo dessa maravilha de arte. Antigamente toda escola tinha aulas de música, não muito boas reconheçamos. Depois acabaram com a matéria e agora volta a ser obrigatória o que é um passo importante para a cultura do jovem. Não se pode chegar a um  nível mais baixo do que estamos em termos musicais. Nunca o Brasil teve música pior. Só os medíocres se sobressaem e o grande músico não tem espaço. Nós temos uma qualidade de instrumentistas e cantores de fazer inveja. O Conservatório fabrica talentos, Mas o que se ouve e se vê em toda rádio ou televisão é o medíocre. Diz-se que cachorro gosta de osso, mas é porque não lhe dão um filé a Chateaubriand Assim está em relação à arte.  Veja no nosso São João, por exemplo: Garota safada, Calcinha preta, Aviões do forró e por  ai vai. Imagine o repertório, a qualidade das letras, a “riqueza poética...” E o governo contrata e paga. Os grandes artistas, verdadeiros, autênticos, ricos de poesia e música vão para palcos de menos importância e nem são ouvidos. Haja porcaria que se torna rotina nos ouvidos em formação. Fiscalize sem espírito policialesco a música de sua casa. Alguns jovens podem dizer, a música de vocês é música de velho! Mas vá dando em doses homeopáticas essa música de velho e aos poucos vão entender a diferença. A música americana em minha opinião (em outros tempos) a mais completa do mundo pode estar até rica, mas só nos mandam lixo e a meninada de fones no ouvido assimilam e reproduzem. A música francesa, italiana, mexicana, espanhola, cubana, argentina efervescente e perene  antigamente, também não nos chega. Volta Flávio Cavalcanti e quebra o CD na frente do próprio compositor para ver se intimida e mata de vergonha esses artistas vagabundos.

ESTÓRIAS DE CONSULTÓRIO – FATOS E NOMES VERDADEIROS

Examinando Débora em casa com um febrão daqueles, tinha ela uma amigdalite braba! Chamei o avô Fernando Oliveira e mostrei a garganta.
-Mas está cheia  de placas disse ele.
Responde Débora choramingando:
-E o que está escrito nelas?

Um comentário:

  1. Meu caro amigo Fernando bastante interessante seu artigo. Dizem que pessoas humildes não gostam da boa música. Discordo totalmente. Vou citar um exemplo: Quando Diretor do Centro de Ciencias Biologicas da UFPE criei o movimento Ciencia e Arte e, com a ajuda da nossa eterna Josefina Aguiar levei a Orquestra Sinfônica do Recife sob a Regencia do Inesquecivel Maestro Eugene Egan para os pátios da UFPE e verificamos o deslumbramento estampado no rosto dos presentes. Abraço afetuoso de FERNANDO AGUIAR.

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