FERNANDO AZEVEDO
O nome do meu blog PEDIATRIA E
ARTE foi inspirado na paixão que nutro pelas duas coisas. Atender crianças
praticamente 24 horas por dia desde que nasceu o i-phone e o zap não me cansa,
e ao contrário me entusiasma a ler e estudar mais. A arte também é outra
atividade que admiro muito, sobretudo a música (não a atual em todo o mundo),
mas o artesanato seja ele qual for, o artista malabarista que se apresenta no
sinal fechado, a pintura e por ai vai. A arte é aquilo que lhe emociona, tudo
que lhe faz bem, o que o deixa de boca aberta imaginando como se conseguiu
realiza-la Fui ao Rio de Janeiro mais uma vez e somente por um fim de semana.
Fui conhecer então o MUSEU DO AMANHÃ. Fiquei encantado com a recuperação de
todo o entorno da Praça Mauá, local que frequentei bastante, pois fiz
residência médica no Hospital dos Servidores do Estado bem próximo a ela. Era
uma área desde os anos 60, degradada e violenta. Recebíamos o conselho ao
chegar, para nas folgas andar sempre com o jaleco do hospital por mais
segurança. Mais voltemos ao Museu Do Amanhã. Não me tocou. Continuo sem gostar
do “futurismo”, da arte contemporânea, da arte abstrata e por ai vai. Nada me
diz. Tirando a Catedral com sua forma e maravilhosos vitrais, Brasília não me
diz nada, enquanto o Pelourinho e o Recife Antigo não canso de olhar. O Theatro
Municipal, A Biblioteca Nacional, faziam da Avenida Rio Branco uma Paris. Em
nome do futuro foi quase tudo abaixo e até o Senado, o Palácio de Monroe foi
demolido. Obras de arte trocadas por edifícios sem a menor beleza. Vem então
minha admiração quando viajo à Europa e ando pelas ruas de todos os países que
visito. Arte em toda parte. Cidades
destruídas foram recompostas em parceria com a modernização que vai se tornando
necessária, sobretudo na área de locomoção. Estão lá as lindas praças e
galerias, bondes, etc. e aí concluo que realmente o meu museu é o do passado.
Defino mesmo que “nasci há dez mil anos atrás” sem a pretensão de Raul Seixas ao
dizer na frase seguinte “e não há nada nesse mundo que eu não saiba de mais”.
Nisso tenho a convicção que cada dia sei menos e que a vida é um aprendizado
diário e que por mais títulos que se tenha, não se sai do menino do Jardim de
Infância na vida.
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