segunda-feira, 12 de junho de 2017

EU NASCI HÁ DEZ MIL ANOS ATRÁS



FERNANDO AZEVEDO

O nome do meu blog PEDIATRIA E ARTE foi inspirado na paixão que nutro pelas duas coisas. Atender crianças praticamente 24 horas por dia desde que nasceu o i-phone e o zap não me cansa, e ao contrário me entusiasma a ler e estudar mais. A arte também é outra atividade que admiro muito, sobretudo a música (não a atual em todo o mundo), mas o artesanato seja ele qual for, o artista malabarista que se apresenta no sinal fechado, a pintura e por ai vai. A arte é aquilo que lhe emociona, tudo que lhe faz bem, o que o deixa de boca aberta imaginando como se conseguiu realiza-la Fui ao Rio de Janeiro mais uma vez e somente por um fim de semana. Fui conhecer então o MUSEU DO AMANHÃ. Fiquei encantado com a recuperação de todo o entorno da Praça Mauá, local que frequentei bastante, pois fiz residência médica no Hospital dos Servidores do Estado bem próximo a ela. Era uma área desde os anos 60, degradada e violenta. Recebíamos o conselho ao chegar, para nas folgas andar sempre com o jaleco do hospital por mais segurança. Mais voltemos ao Museu Do Amanhã. Não me tocou. Continuo sem gostar do “futurismo”, da arte contemporânea, da arte abstrata e por ai vai. Nada me diz. Tirando a Catedral com sua forma e maravilhosos vitrais, Brasília não me diz nada, enquanto o Pelourinho e o Recife Antigo não canso de olhar. O Theatro Municipal, A Biblioteca Nacional, faziam da Avenida Rio Branco uma Paris. Em nome do futuro foi quase tudo abaixo e até o Senado, o Palácio de Monroe foi demolido. Obras de arte trocadas por edifícios sem a menor beleza. Vem então minha admiração quando viajo à Europa e ando pelas ruas de todos os países que visito.  Arte em toda parte. Cidades destruídas foram recompostas em parceria com a modernização que vai se tornando necessária, sobretudo na área de locomoção. Estão lá as lindas praças e galerias, bondes, etc. e aí concluo que realmente o meu museu é o do passado. Defino mesmo que “nasci há dez mil anos atrás” sem a pretensão de Raul Seixas ao dizer na frase seguinte “e não há nada nesse mundo que eu não saiba de mais”. Nisso tenho a convicção que cada dia sei menos e que a vida é um aprendizado diário e que por mais títulos que se tenha, não se sai do menino do Jardim de Infância na vida.

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