FERNANDO AZEVEDO
Circula em e-mails e WhatsApp a indicação para as pessoas vacinarem seus filhos contra a Meningite causada pelo meningococo B. A vacina contra o meningococo C é feita de rotina e faz parte do calendário vacinal sendo aplicada aos 3 e 5 meses, seguindo-se mais uma dose aos 12/15 meses, 4/6 anos e uma ultima dose aos 11 anos. Esse é o esquema recomendado existindo em clinicas privadas a chamada quadrivalente (A, C, W, Y). Na década de 80 houve uma grave epidemia meningocócica provocada pelo meningococo B. Recorreu-se a uma vacina cubana para bloquear a epidemia, mas os índices de imunização foram muito baixos e a durabilidade da imunização pequena. Ficou desacreditada mundialmente e saiu de qualquer esquema de vacinação. O Meningococo B continua provocando doenças graves e com alta mortalidade e mais presente nos países onde o frio é mais intenso e o confinamento das pessoas aumenta. Também em creches, entre profissionais de saúde, alojamentos militares etc. Foi licenciada uma nova vacina contra o meningococo B, mas as informações sobre resultados ainda não são muito convincentes. Pode ser aplicada em qualquer idade e na criança começa aos dois meses em série de três doses. Relatam-se reações vacinais fortes embora sem relato de mortes nos grupos estudados, e devem-se esperar orientações oficiais do Ministério da Saúde e OMS para o seu uso rotineiro. Quem assistiu como eu epidemias de sarampo, poliomielite, difteria, coqueluche, os casos permanentes e crescentes de tétano em recém-nascidos e crianças/adultos, epidemias terríveis de meningite pelos tipos C e B torce sempre que essas doenças sejam extintas. Para isso é necessário uma ampla cobertura vacinal e a população deve aderir o que não está acontecendo com as vacinas contra gripe e HPV. Vamos, portanto com calma em relação à aplicação dessa nova vacina e devem parar essas comunicações eletrônicas que trazem um ambiente de certa insegurança. Sabemos e vemos todo dia que a assistência médica no Brasil está um horror, mas no capítulo de doenças imunopreveníveis não. Vamos aguardar orientações melhores.
Concordo doutor! Esse alarmismo que infesta as comunicações digitais ainda vai nos levar ao caos...
ResponderExcluirExcelente e esclarecedor o post Fernando. Confesso que estava apreensiva frente a tantas comunicacoes nas redes sociais. Mas nada como sua experiência e sabedoria para nos tranquilizar!
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