segunda-feira, 7 de novembro de 2011

PAPAI NOEL

FERNANDO AZEVEDO


Sem a menor dúvida comercializaram demais o Natal, tanto é que Novembro já começou a mostrar as vitrines natalinas, adiantaram o 13º salário dos funcionários públicos para que comprem logo os presentes e as ruas estão lotadas de consumidores. Papai Noel chegando de varias formas nos shoppings e lá montando seu quartel general para conversar com as crianças. A religiosidade da época, a comemoração de mais um aniversário de Jesus sem a menor dúvida é suplantada pela troca de presentes, e comes e bebes das confraternizações. Natal alegre para uns, tristes para outros ou época indiferente também para uma parcela da população. A conversa é sobre a figura de Papai Noel hoje tão questionado não só pela importação européia do personagem como também pelo fato de iludir uma criança com uma figura irreal. Eu pessoalmente sempre tive uma simpatia enorme pelo velhinho que me deu muitos presentes na minha infância, não em quantidade nem muito menos em qualidade. Eram presentes bestas como uma bola, uma chuteira, mas que me fazia muito feliz.Depois , lá pelos meus sete anos me disseram que Papai Noel era o pai da gente. Não fiquei imbecil por causa disso. Não acredito que essas ilusões tragam prejuízo a ninguém. Vejam bem, não confundir ilusões tais como Papai Noel, e as histórias infantis com mentiras. E não é a ilusão uma mentira? Sim e não. A ilusão é passageira, faz parte do circo da vida, ( outra paixão minha indestrutível) e o hábito de mentir pode ser permanente. A criança não deve ser enganada, pois vai perdendo a  confiança nas pessoas que a cercam. Nunca dizer que uma injeção não vai doer,deve-se mostrar-lhes as dificuldades da vida, os valores morais. Nisso não podemos confundi-las, mas com Papai Noel assumo a responsabilidade de conversar com meus netos e vibro com a alegria do dia 25 todos exibindo seus presentes, contando historias , correndo e brincando felizes. Tive uma montanha de amigos e primos na minha infância hoje todos setentões e garanto que não  tem nenhum chorando porque foi iludido pela existência de Papai Noel. Não acredito nesses traumas. É muita ciência!
 
ESTÓRIAS DE CONSULTÓRIO
Gabriel, rubro-negro ostensivo, me chega ao consultório com febre e cheio de manchinhas vermelhas pelo corpo.
- Gabriel que doença linda, você com essa pele muito branca e as manchinhas são de que cor?
Depois de pensar alguns segundos responde:
- ROXAS.

6 comentários:

  1. É DR FERNANDO TB SIMPATIZO MTO COM PAPAI NOEL E COM O ENCANTAMENTO Q A CRENÇA TRAZ CONSIGO.ESTIMULO,BRINCO TENHO 3 FILHOS O DO MEIO DESCOBRIU ANO PASSADO COM 8 ANOS E AFIRMOU PARA O MAIS VELHO Q AINDA NÃO ESTAVA BEM SEGURO OU NÃO DA EXISTÊNCIA DELE...NÃO SUPORTO ESSE APELO COMERCIAL,MAS ENFIM É COMO DIZ ZAGALO UMA DAS COISAS Q TEMOS Q ENGOLIR.BJOQTO A ESTÓRIAS DE CRIANÇA FUI A UM CASAMENTO JUDEU COM CARLINHOS E O RABINO TAVA FALANDO E CANTANDO PRIMEIRO ELEPERGUNTOU 'MÃE ,ESSE HOMEM É DOIDO,OU NÃO APRENDEU A FALAR "-SORRI E PEDI COM GESTO Q FIZESEC SILÊNCIO ELE OLHOU APUROU O OUVIDO COM UM GESTO DE CONCHA E SOLTOU:-"MÃE ELE TÁ CANTANDO A MÚSICA DO REI LEÃO;RATUNA MATATAT AHHHHIIEEAAHHH"AÍ NÃO DEU PRA CONTROLAR

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  2. Que bom ler isso Dr.Fernando!!!Acreditei no papai noel até os 13 anos e Gui ainda acredita, pois cultivo muito isso nele.Tenho guardadas as cartinhas que ele fez para que eu as colocasse nos correios. Não vou interromper esse processo.Vou deixá-lo descobrir sozinho.Acho tão bonitinho...Ele vai dormir cedo na véspera de Natal e coloca os satinhos embaixo da cama para receber o presente.Não sei até quando vai durar, pois já o vi falando para amiguinhos que disseram-no que o papai noel não existe.Será que ele tá me enrolando??Já descobriu e se faz de bobo???hehehe Enfim vou deixar rolar...bjos

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  3. Meus filhos aderiram à fantasia de papai noel, sabendo que ele não era verdadeiro. Também não têm trauma nenhum. Aliás,psi, pedagogos e deucadores que me desculpem, segui minha intuição e meu modelo de conduta com meus filhos. Mutas vezes agindo bem diferente do apregoado. Quem conhece Suzie,31 e Marcelo 29, conhece duas pessoas dignas, amigas e felizes. Nenhum deles revoltado commigo, com a vida e com ninguém. Sim, concordo plenamente: fantasia é uma coisa, mentira é outra.
    Abraço, dr.Fernando
    Regina
    www.livroerrante.blogspot.com

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  4. Também nunca tive traumas em descubrir que papai noel não existia...muito pelo contrário, assim como o senhor, também acredito que isso faça parte do nosso mundo infantil e hoje só tenho boas recordações das épocas natalinas em que todos íamos dormir (ou tentar ficar acordado para ver o papai noel), muito felizes, sabendo que aquele dia, era sim, especial e que a magia do nosso universo, pelo menos naquele dia, "existia sim" e era compartilhado por aqueles que estavam em nossa volta. Viva ao bom velhinho!

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  5. Isso ai, Tio! Natal sem traumas... e viva o papai noel.

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  6. A crônica do Papai Noel está ótima. Muito bem escrita e de leitura agradável. Você vai longe! Já lhe disse! Eu também acreditei no velhinho bom tempo e nunca tive trauma. As minhas filhas acreditaram também, agora o neto, espanhol de nascimento, usa uma palavra de sua língua de origem para chamar esse pai da ilusão e da fantasia. Nunca da mentira. Geraldo Pereira

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