segunda-feira, 14 de março de 2016

A SÍNDROME DA CRECHE

FERNANDO AZEVEDO

Na medicina as patologias vão ressurgindo em alguns casos, sendo descobertas noutros e

assim a ciência se mantém sempre viva e buscando soluções a curto médio ou longo prazo

para a resolução dois casos. Meu início profissional como Professor da Faculdade de Ciências

Médicas foi muito doloroso, pois ergui o Isolamento Infantil do Hospital Oswaldo Cruz e lá

recebíamos de forma impotente casos de Difteria, Tétano, Coqueluche, Sarampo, Poliomielite,

Raiva Humana, Meningites e por ai vai. Obituário alto, pois as armas eram poucas para essa

infantaria pesada. Criaram as vacinas e os médicos mais jovens não conhecerão essas

patologias felizmente. O prevenir doenças através de vacinas é um passo importantíssimo em

saúde pública.

Uma nova patologia surge: a Síndrome da creche. Bebês de quatro meses são levados para a

vida coletivo para a mãe poder trabalhar e nada mais justo. Governo e entidades privadas têm

que participar com essas facilidades e é lei dependendo do número de empregados de uma

firma. Acontece que as crianças perdem a imunidade transferida pela mãe na gestação aos seis

meses de vida e a partir daí ficam vulneráveis as doenças não as terríveis que citei no início,

mas a infecções respiratórias, sobretudo e digestivas. Às vezes a frequência dessas repetições

já promovem alterações laboratoriais com baixa das imunoglobulinas IgA e IgG e a inapetência

leva a grau leve a moderado de desnutrição e carências vitaminico-minerais que formam com

esses dados  a síndrome referida.

As creches e escolinhas são extremamente necessárias no mundo atual, mas às vezes temos

que retirar o pirralho por alguns meses para que se restabeleça e se fortifique para voltar ao

convívio coletivo.  Os patrões devem entender isso e as avós se existirem devem ser

convocadas, mas está meio complicado.

Problemas sociais que não vão parar de existir.e esse é mais um.

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