Todo ano acontece. Depois das férias onde as crianças se soltam nas
praias, em viagens etc. há
pela separação do convívio intenso uma pausa natural nas doenças.
Lógico que acontecem,
sobretudo pelo exagero em alimentação, mudanças de hábitos e férias
representam a saudável quebra de disciplina do dia-a-dia. Quando logo após vem
o Carnaval como aconteceu
esse ano as doenças virais respiratórias e digestivas se instalam e se
propagam com mais
intensidade e agora se multiplica tudo pela presença dessa trinca de
vírus das doenças
Dengue, Zika e Chikungunya que vão nos atormentar por muito tempo
pelas condições
totalmente favoráveis à vida do mosquito. São super válidas as medidas
de combate e
conscientização, mas infelizmente nada muda até que se consiga uma
vacina contra esses três
vírus. O Brasil será a grande maternidade desses mosquitos vetores que
já tem residência fixa
há mais de 20 anos em todo o território, com diminuição só no sul,
pois assim como eu não
gostam do frio. A quantidade de crianças com quadro febril, diarreia e
vômitos no momento é
acima do normal e isso nada tem a ver com o Aedes. São quadro de
“viroses” palavra que os
clientes detestam “pois tudo é virose”. O fato é que é mesmo. Que medidas tomar se a
criança está assim. A primeira preocupação é mante-la hidratada. Isso
é fundamental. O
apetite desaparece e forçar alimentação causa náuseas e vômitos
aumentando as perdas.
Existem reidratantes bons nas farmácias e não usem energéticos nem
refrigerantes. O soro
caseiro também funciona muito bem (1 litro de água + 1 colher das de
sopa de açúcar e uma
colher de café rasa de sal) salva muitas crianças por um preço barato
e accessível. Preste
atenção a quantidade de urina e cor que deve ser amarelo claro.
Verifique a saliva. Se pegajosa
precisa mais líquidos para reidratar. Medicações contra vômitos têm
que ser usadas com parcimônia pois podem se acumular e trazer efeitos tóxicos.
Uma a duas doses podem ser
dadas, mas não repetidas mais que isso. Tenha calma com a
realimentação que deve em todas
as idades ser progressiva em quantidade. Se a criança está em
amamentação basta o peito que
salva tudo e se em dieta livre às vezes o leite pela presença de
lactose não é bem tolerado e é
melhor usar uma formula sem esse açúcar. Frutas são ótimas assim como
uma dieta branda
com grelhados, verduras respeitando sempre a aceitação. Repositores de
flora intestinal, os
probiótiocos devem fazer parte do tratamento, pois ajudam. Se a criança está muito prostrada
vale a pena a hidratação venosa em hospital, mas muitas vezes você
conseguirá tratar em
casa.