quarta-feira, 4 de novembro de 2015

HORÁRIO DE ESPORTES E EDUCAÇÃO FÍSICA.

FERNANDO AZEVEDO

Recebi ontem (28/10/15) um adolescente no consultório, trazido pelos avós. Queixa: mal estar nas aulas de educação física, rosto, pescoço e braços pretos pelo sol que toma. Sabe qual é o horário? DOZE AS TREZE E TRITA. Pode? Futebol a céu aberto depois de um expediente de aulas, horário que há uma fisiológica hipoglicemia que da a fome para o almoço. Claro que depois dessa insolação o jovem quer água e muita e com isso lá se vão o apetite e lógico a instalação de uma intermação pelo calor excessivo justo no nosso verão. Não vou falar em câncer de pele para não exagerar, mas vamos pela estética que chama a atenção. Ora meus caros diretores e professores como pode num renomado colégio um absurdo desses. Nem atletas de alta performance fazem esportes ao meio dia e até os últimos jogos programados para as 11 horas no inverno do sul deram certo. No norte e mesmo no sudeste e sul nos dias de forte verão o jogo para a hidratação dos jogadores uma vez em cada tempo. Como então permitir que crianças façam exercícios e exposição ao sol nesse patológico horário? Ah, o Professor só dispõe desse horário. Claro que arruma outro que possa fazer no início da manhã ou fim de tarde. O dia-a-dia dos pais ocupadíssimos hoje, não permite mais as reuniões de pais com a direção do colégio e as reclamações se individualizam e não tem peso no final, mas é um absurdo que um estabelecimento que é para instruir desconstrua esse perfil expondo seus alunos a risco de saúde. Orientei os avós a respeito dos direitos do rapaz de negar-se a participar dessas aulas.Se precisar de um relatório meu ele será feito. Saúde se faz com prevenção e a nutrição de um adolescente é um capitulo importante para seu bem estar. Viva as práticas esportivas que promovem a saúde, mas feitas de uma forma correta e em horário adequado.

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